O dia depois da Copa
22/07/2014
O apito final da Copa do Mundo e a aprovação do evento e da experiência turística por estrangeiros e brasileiros consolidou a certeza, em nível global, de que somos capazes. O sucesso do Mundial escancarou a vocação natural do Brasil para o turismo. O País conquistou uma elevada exposição positiva em nível internacional e agora temos o desafio de manter o país como objeto de desejo de turistas e investidores, caso contrário os ganhos econômicos potenciais se dissiparão. Temos uma série de vantagens comparativas que, se bem trabalhadas, transformam-se em vantagens competitivas e ampliarão o espaço do turismo nacional na prateleira de consumo do brasileiro e dos principais mercados do mundo.
Dentro desse cenário ampliado, Alagoas assume papel importante com todos os seus atrativos naturais, povo acolhedor e litoral de águas de azul turquesa singular. Mesmo sem sediar a Copa do Mundo, sete municípios alagoanos foram visitados por estrangeiros durante o torneio. Pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo revela que a capital, Maceió, foi a cidade mais visitada, seguida por Maragogi. Também foram citados os municípios de Arapiraca, Belém, Campo Grande, Estrela de Alagoas e Marechal Deodoro.
A experiência vivida durante o Mundial e a avaliação positiva de brasileiros e estrangeiros nos ajudam a pensar em um novo ciclo de desenvolvimento para o turismo. Será um momento novo, para o qual será preciso perseguir a eficiência em diversos segmentos para manter os índices desejáveis de desenvolvimento. Por 31 dias o mundo nos olhou e gostou do que viu e sentiu.
O desafio que temos pela frente é do tamanho do potencial do turismo brasileiro. Precisamos repensar os modelos adotados e encontrar soluções para otimizarmos as ferramentas que dispomos
de promoção, além de criarmos um ambiente favorável para a realização de negócios e um terreno propício para a atração de investimentos. Nesse cenário, emerge a necessidade de reformularmos a Embratur para torná-la mais ágil e apta a atender às necessidades do mercado. A ideia é transformá-la em uma agência de promoção internacional, capaz de atuar em parceria com o setor privado, como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, ligada ao Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio. Mas também com as rede de embaixadas brasileiras e, certamente, articulando-se ao setor privado na definição dessas estratégias.
Por: Vinicius Lages - Ministro do Turismo.