Investe Turismo chega ao RS para transformar potencial em realidade
No Estado, 12 municípios que integram as rotas da Serra Gaúcha e da região das Missões serão contemplados
Por Rafael Brais, enviado especial
Lançamento do Programa Investe Turismo em Porto Alegre (RS). Crédito: Roberto Castro/MTur
Porto Alegre sediou nesta quarta-feira (31) o seminário itinerante do Investe Turismo, programa desenvolvido para aumentar a qualidade e a competitividade de rotas turísticas no Brasil, com foco na geração de empregos e renda para a população. Criado pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur e o Sebrae, a iniciativa vai beneficiar 12 cidades no Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Gramado, Canela, Nova Petrópolis, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, São Francisco de Paula, Garibaldi, São José dos Ausentes, Jaquirana, Cambará do Sul e São Miguel das Missões. Os municípios, além da capital, integram as rotas “Porto Alegre e Serra Gaúcha” e “Porto Alegre e Missões”.
Na solenidade de encerramento do seminário, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, destacou o empenho do presidente Jair Bolsonaro na resolução de gargalos que travavam o desenvolvimento do setor turístico. “Nos dá um ânimo saber que o presidente é nosso grande aliado na missão de fazer o turismo realmente acontecer no Brasil”, disse. “O Investe Turismo visa estruturar 30 rotas pré-definidas em todas as regiões do país, duas aqui no RS. O objetivo principal é fazer o potencial virar realidade”, apostou.
De acordo com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a iniciativa da parceria entre Ministério do Turismo, estados, Sebrae e Embratur é essencial para aproveitar as potencialidades do setor no país. “O programa é uma ação decisiva do governo federal. Somos muito gratos ao MTur por todas as parcerias que já realizamos”, afirmou. Leite ainda salientou que o setor turístico terá grande espaço na agenda do Rio Grande do Sul. “Vejo no turismo uma grande janela de oportunidades para nosso Estado”, complementou o governador.
O PROGRAMA – Com 30 rotas turísticas estratégicas no Brasil, que englobam 158 municípios das 27 unidades da Federação, o programa conta com um investimento inicial de R$ 200 milhões. As rotas selecionadas receberão ações organizadas em quatro linhas de trabalho que vão desde o fortalecimento da governança, por meio de uma agenda estratégica entre setor público e privado; melhoria dos serviços e atrativos turísticos, com foco especial nas micro e pequenas empresas; marketing e apoio à comercialização, por meio de campanhas, produção de inteligência mercadológica e participação em eventos estratégicos; até a atração de investimentos e o apoio ao acesso a linhas de crédito e fontes de financiamento. ACESSE AQUI O LIVRETO DO PROGRAMA
As rotas turísticas estratégicas são o agrupamento da oferta turística de um ou mais municípios para fins de planejamento, gestão, atração de investimentos e promoção. Dentre os critérios utilizados para seleção das rotas estão a participação de municípios incluídos no Mapa Brasileiro do Turismo 2018 e classificados nas categorias A, B, C ou D; ter destinos já promovidos em âmbito nacional pelo Ministério do Turismo e pelo menos um consolidado no mercado internacional; além de ter patrimônios mundiais da humanidade eleitos pela Unesco. CONSULTE A LISTA DE ROTAS E MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS
INVESTIMENTOS - O Ministério do Turismo investiu, desde 2003, ano de criação da Pasta, mais de R$ 341,6 milhões em 1.475 projetos de infraestrutura turística no Rio Grande do Sul. Os recursos ajudam a otimizar a potencialidade e a vocação de cada localidade. Em 2018, por exemplo, Porto Alegre foi a quinta cidade brasileira que mais recebeu turistas internacionais para negócios, eventos e convenções.
Em todo o estado, 6.287 prestadores de serviços turísticos estão regularizados no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos) do Ministério do Turismo. Vale destacar ainda que o município de Canelas (RS) foi o primeiro a assinar contrato com o Selo +Turismo no Brasil, outra iniciativa do MTur por meio do Prodetur +Turismo. O contrato foi assinado em dezembro de 2018 no valor de cerca de R$ 38 milhões.
Edição: Cecília Melo