Pesquisa com estrangeiros mostra crescimento na aprovação de 14 dos 16 itens de infraestrutura e serviços
Aeroportos se destacam com avaliação positiva 23% superior à pesquisa realizada há cinco anos
Por Mariana Oliveira
Crédito: Gustavo Messina/ MTur
O Ministério do Turismo divulga nesta quinta-feira (13) a pesquisa realizada com 37.634 turistas internacionais que estiveram o Brasil em 2016. Os estrangeiros avaliaram 16 itens de infraestrutura e serviços turísticos, como: hospitalidade, alojamento, gastronomia, aeroportos, segurança, limpeza, sinalização turística, entre outros. À exceção da categoria ‘telefonia e internet’, que foi aprovada por 69,6% dos entrevistados, os demais 15 itens tiveram avaliações superiores à 72%, com destaque para hospitalidade (98%), alojamento (95,7%), gastronomia (95,4%) e restaurantes (95%). A avaliação final da experiência no Brasil foi muito positiva para 87,7% dos entrevistados e 95% dos estrangeiros têm intenção de voltar ao Brasil.
Se considerada a série histórica, 14 itens superaram as avaliações do questionário aplicado há cinco anos – com destaque para os aeroportos que, em 2012, foram aprovados por 73% dos turistas e, em 2016, conseguiram atingir 89,9% de aprovação – um crescimento de 23%.
“As obras de infraestrutura e as iniciativas de qualificação, adotadas principalmente para os grandes eventos, já estão dando frutos. Essa pesquisa demonstra que nossos destinos estão mais estruturados para receber os turistas. Com isso, o Brasil se torna cada vez mais competitivo no cenário global”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
Não foi só na Copa: Argentina continua sendo a maior emissora de turistas para o Brasil. Crédito: Paulino Menezes/ Portal da Copa
VIZINHOS - Ainda segundo a Demanda Internacional, 56,8% dos turistas que visitaram o Brasil em 2016 vieram da América do Sul, um crescimento de 32,2% em cinco anos. Os argentinos seguem na liderança absoluta entre os vizinhos, representando 34,9% do total de visitantes no país. O segundo principal emissor são os Estados Unidos que, em 2016, enviou pouco mais de 570 mil turistas para o Brasil.
Porém, apesar de representarem maioria entre os estrangeiros que nos visitam, os sul-americanos gastam pouco em nosso país. A pesquisa revela que os turistas provenientes dos países europeus e dos Estados Unidos tem um gasto per capita, de aproximadamente o dobro do verificado entre os visitantes da América do Sul, com destaque para os norte-americanos que gastaram US$ 1.234, quase 2,2 vezes mais que os argentinos, US$ 548,92.
Por isso, o Ministério do Turismo trabalha, em parceria com o Ministério de Relações Exteriores, na implantação do visto eletrônico para atrair ainda mais norte-americanos ao Brasil. O benefício irá contemplar, também, turistas da Austrália, Japão e Canadá.
Sol e praia continua sendo principal atrativo para estrangeiros no país a lazer
CARACTERÍSTICAS DAS VIAGENS – O turismo de sol e praia continua sendo o principal atrativo da vinda ao Brasil, responsável por 68,8% da motivação das viagens a lazer. Já 16,6% dos estrangeiros buscavam natureza, ecoturismo ou aventura em sua experiência em nosso país e 9,7% citaram o turismo cultural com principal motivo da escolha pelo Brasil.
Outro achado interessante da pesquisa foi o aumento da procura pela hospedagem alternativa. Apesar de mais da metade (51,5%) dos estrangeiros ainda optarem por hotéis – percentual que se mantém estável nos últimos cinco anos – uma parcela significativa (16,7%) dos turistas internacionais que chegam ao nosso país está optando pelo aluguel de casas. Há cinco anos, esse percentual não chegava a 12% (11,9% em 2012) – um crescimento de 40% desse tipo de hospedagem.
SOBRE A PESQUISA – A Pesquisa “Demanda Internacional” é realizada todos os anos pelo Ministério do Turismo para verificar o perfil dos turistas estrangeiros - gastos, destinos, local de residência, motivações, interesses, hábitos e avaliações. Em 2016, foram entrevistados 37.634 turistas internacionais em 15 aeroportos internacionais e 10 fronteiras terrestres, durante cinco momentos do ano.