Caminhos para o desenvolvimento do turismo em Tocantins
Planos aprovados pelo MTur indicam formas de aproveitar melhor as potencialidades de três polos do estado
Por André Martins
As belezas naturais do Jalapão atraem turistas o ano inteiro. Crédito: Divulgação Embratur
Três regiões do Tocantins que se destacam na atração de visitantes iniciam o ano com um impulso ao crescimento econômico. O Ministério do Turismo validou os Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS) dos polos de Palmas, Cantão e Jalapão. A ação permite ao estado pleitear recursos públicos, a exemplo do Programa Regional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional), para melhorar a infraestrutura e reforçar suas potencialidades.
O trabalho voltado ao polo da capital, além de Palmas fazem parte também as cidades de Lajeado, Paraíso do Tocantins e Porto Nacional, tem como foco a consolidação do segmento de negócios e eventos. É prevista, ainda, a oferta de roteiros integrados e atrativos complementares de lazer e ecoturismo, a partir da diversidade de rios, praias fluviais, cachoeiras e parques da área.
Já no Polo Cantão, formado pelos municípios de Lagoa da Confusão, Pium, Aguacema e Cesara, a meta é ampliar atividades ligadas à natureza, com a premissa de conservação ambiental e inclusão social. A paisagem natural constitui um dos diferenciais da região, por ser uma área de transição entre o Pantanal, a Floresta Amazônica e o Cerrado.
O local abriga a Área de Proteção Ambiental (APA) da Ilha do Bananal, o Parque Estadual do Cantão, o Parque Nacional do Araguaia e o Parque Indígena do Araguaia. O trabalho envolve ainda estruturar os ramos de pesca esportiva e de turismo cultural, caracterizado por artesanato e festas populares.
Já o PDITS do Polo Jalapão busca acelerar o desenvolvimento do ecoturismo e do turismo de aventura, com a captação e a qualificação de empreendimentos. O projeto também é baseado na premissa de conservação ambiental e de inserção de moradores na cadeia produtiva. Ele envolve os municípios de Novo Acordo, São Félix do Tocantins, Mateiros e Ponte Alta do Tocantins. Nestas cidades, destacam-se atrativos naturais em meio à Caatinga, ao Cerrado e a desertos, com rios, cachoeiras e formações rochosas únicas. O turismo cultural é um segmento complementar, devido à presença de comunidades quilombolas, conhecidas por seu artesanato com capim dourado.
O ministro do Turismo, Marx Beltrão, destaca o apoio da pasta ao fortalecimento do setor em estados e municípios. “São cidades que recebem e acolhem o visitante que busca conhecer as belezas do território nacional. E é papel do Ministério trabalhar pela adequada estrutura de atendimento a este viajante, bem como na oferta de atrativos que ajudem a encantá-lo”, enfatiza.
Os estudos, iniciados em 2012 e financiados em grande parte pelo MTur, com contrapartida do estado, foram realizados por meio de uma consultoria privada que mapeou as características, as condições de infraestrutura e os potenciais das regiões.
Para o superintendente de Desenvolvimento Turístico da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura, James Possapp, este tipo de análise favorece a tomada de decisões. “Esses estudos são essenciais para se pleitear recursos do Ministério do Turismo e estruturar a cadeia produtiva do setor. Nesse sentido, os planos direcionam investimentos públicos, além de oferecer subsídios ao investimento privado”, explica.
OUTROS OBJETIVOS - Os planos apontam a necessidade de estruturação de destinos e de capacitação de administradores públicos e atores do trade turístico para a gestão compartilhada da atividade. Estão previstas também um conjunto de estratégias no sentido de fortalecer a identidade dos polos, unindo esforços com vistas à comercialização integrada de atrativos.
O horizonte temporal de implantação dos PDITS é de 10 anos, com ações prioritárias previstas para os primeiros 18 meses de execução. As iniciativas devem ser analisadas periodicamente, a fim de proporcionar a aferição de resultados e a correção de rumos.
PRODETUR NACIONAL - O programa busca fortalecer o papel articulador do MTur no desenho e na execução de políticas públicas, bem como contribuir para a estruturação de destinos e o fomento ao desenvolvimento regional.
O Prodetur permite a entes públicos acessar financiamentos externos. Desde a sua criação, em 2008, o programa formalizou aproximadamente US$ 900 milhões em contratos assinados entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe, bem como Fortaleza e Manaus.
* Com informações da Comunicação Social do Governo do Tocantins.