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Presentes com a cara do Brasil

Artesanato para presentear no Natal e em todas as épocas do ano, tornando a viagem uma experiência inesquecível

  • Publicado: Sexta, 23 de Dezembro de 2016, 10h13
  • Última atualização em Segunda, 26 de Dezembro de 2016, 11h25

 

 
Crédito: Carlos Sodré/ Ag. Pará

Em um país com a diversidade cultural do Brasil e repleto de talentos para expressar o que há de mais genuíno no povo brasileiro, o artesanato aparece como um apelo irresistível para quem quer guardar lembranças da viagem ou simplesmente presentear. E o Natal pode ser um bom momento de valorização do artesanato nacional. De Norte a Sul do país, esses produtos podem ser encontrados em feiras de rua e mercados públicos que se tornaram pontos turísticos e ajudam a gerar renda, revelar talentos e projetar artesãos brasileiros pelo mundo.

Para quem vai à região Norte, a riqueza da Amazônia está muito bem representada no artesanato do Pará. As cerâmicas Marajoara e Tapajônica; as biojóias - confeccionados com fibras e sementes da floresta -; as cuias bordadas ou pintadas; e os brinquedos de Miriti, que retratam a fauna e a flora amazônica; além dos sachês com “cheiros” do estado formam um conjunto perfeito de presentes com identidade brasileira.

A maioria desses produtos, segundo a Secretaria de Turismo do Pará, podem ser encontrados em centros de artesanatos e feiras de Belém e de Santarém, município onde se concentram no Centro de Artesanato do Tapajós Cristo Rei. Na capital paraense as principais referências são a feirinha de artesanato e biojóias da Estação das Docas e as feiras do Mercado Ver-o-Peso, com 329 anos de história, e a de Artesanato da Praça da República. No Espaço São José Liberto, ponto turístico instalado em prédio de 1749, que já funcionou como presídio,  podem ser encontradas também peças de ourives e designers de joias.

O Nordeste é terra fértil na produção de cerâmicas, rendas, bordados, redes, além de bebidas artesanais e produtos alimentícios. Em Fortaleza (CE),  boa parte desses produtos podem ser encontrados na feirinha noturna no calçadão da  Avenida Beira Mar, que funciona a partir das 17h e é um excelente programa de passeio e compras para depois da praia. No entanto, quem quer se concentrar somente na lista de presentes encontra terreno fértil no Mercado Central. Aberto diariamente a partir das 8h, o local dobra o número de visitantes na temporada de verão, chegando a 10 mil por dia.

“O mercado, com mais de 500 bancas, é o segundo ponto mais visitado da capital cearense, depois do circuito praia. Hoje um dos produtos mais procurados pelo turista é a castanha de caju, seguida pelos bordados”, revela o assessor da diretoria do espaço, Cícero Dantas.

Em Brasília, a Feira da Torre de TV, cartão postal da cidade, é o principal endereço do artesanato na capital. Ali, pode se encontrar de tudo. Móveis, vestuário, calçados, pinturas e também as flores e arranjos com sementes e folhas colhidas no Cerrado. É com este artesanato típico da capital que Maria Aparecida de Jesus, a Cida, ganha a vida há 33 anos no mesmo local. “Mais de 90% da minha clientela é de turistas. Começo a produzir as peças em agosto para a temporada de fim de ano, quando há aumento das vendas”, conta ela, que tem como carros-chefes as flores secas e as bolas cravejadas de sementes que compõem arranjos decorativos.

No Sul, a tradição gaúcha marca presença nas feiras e nos chamados briques, espalhados por Porto Alegre (RS).  A Secretaria Municipal de Turismo lista no portal do turista lugares onde podem ser encontrados produtos em couro e metal, artigos para churrasco, cuias para chimarrão, artigos de montaria e a tradicional indumentária gaúcha.  Um dos destaques é o Brique da Redenção, que funciona aos domingos, e permite ao turista contato com trabalhos de 300 expositores, entre artesãos e artistas plásticos, que ali vendem telas, caricaturas, xilogravuras e esculturas.

 

Dona Irinéia é Patrimônio Vivo de Alagoas. Crédito: Itawi Albuquerque

CATÁLOGOS – O que há de mais original na produção artesanal das regiões brasileiras pode ser encontrado também em publicações que divulgam o trabalho de verdadeiros mestres brasileiros. Os catálogos representam uma ponte entre o artesão e o consumidor, além de divulgar de forma mais abrangente um dos traços mais significativos da cultura do país.

Um exemplo é o Catálogo do Artesanato Alagoano, projeto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, lançado em julho deste ano, que reúne imagens de peças e conta a história de 15 artesãos do estado. Um dos destaques é Dona Irinéia, reconhecida Patrimônio Vivo de Alagoas, cujas esculturas de barro extrapolaram as fronteiras do estado, chegando até a Itália e as capitais brasileiras.

Minas Gerais também vem reunindo, em catálogos, a obra de seus artesãos desde 2004, numa iniciativa do Sebrae. Na mais recente edição, em 2015, foram apresentadas 223 peças utilitárias e decorativas feitas em tecido, fibras, madeira e minerais por 211 artesãos de 55 municípios mineiros.

INVESTIMENTOS - De olho na importância do artesanato como produto turístico e fator de inclusão social, o Ministério do Turismo investe na construção e reforma de centros de comercialização de produtos artesanais em todo o país. Em novembro, por exemplo, com investimento de R$ 148 mil, foi inaugurado a Central de Artesanato de Janauari, comunidade ribeirinha do Amazonas com tradição na produção de peças com matéria prima da floresta.

Em 22 de outubro foi celebrado o primeiro ano da regulamentação da lei que reconheceu o artesão como profissional das artes feitas manualmente. O Ministério do Turismo é parceiro da categoria, que reúne mais de 10 milhões de profissionais, e teve participação decisiva incentivando e apoiando a aprovação da matéria.

 

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