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Institucional

Novas plataformas movimentam o turismo brasileiro

Com foco em economia compartilhada e colaborativa, iniciativas contribuem para o setor e incentivam o crescimento do turismo doméstico

  • Publicado: Segunda, 26 de Dezembro de 2016, 09h59
  • Última atualização em Segunda, 26 de Dezembro de 2016, 10h01

 

Por Lívia Nascimento

 

Plataformas online têm contribuído para aumentar as viagens domésticas. Crédito: MTur

Cada vez mais as pessoas têm arrumado formas de consumir de maneira mais sustentável. Vale para roupas, equipamentos e porque não também para o turismo? Pensando nisso, algumas plataformas de economia compartilhada e colaborativa têm contribuído e até incentivado que muitos brasileiros conheçam cada vez mais o próprio país. Vale para hospedagem, transporte e até mesmo para aluguel de barcos para aqueles passeios para lá de especiais. As plataformas de economia compartilhada e colaborativa no Turismo têm provocado uma série de mudanças no setor e que vem sendo acompanhadas de perto pelo Ministério do Turismo.

“Estamos atentos à realidade do setor, que vem mudando a cada ano. Já começamos, inclusive, um amplo debate para a reformulação da Lei Geral do Turismo e a necessidade de criarmos mecanismos para regulamentar essas novas plataformas que estão chegando ao mercado. Queremos estimular a concorrência de maneira justa e correta, de forma a beneficiar, principalmente, o consumidor”, ressalta o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

Entre os personagens desta nova realidade está o site BeLocal Exchange. A proposta é ousada e consiste em trocar de casa com outra pessoa durante as férias, e o melhor, sem pagar nada por isso. A proposta já funciona em outros países e pode reduzir em até 50% o orçamento da viagem. O usuário cadastrado navega no banco de casas e pesquisa de acordo com o nicho de interesse: família, pets, casas acessíveis, gourmet, longos períodos, praia, cidade, campo, montanha, arte e cultura, mergulho, surf, esqui, esporte de aventura e destinos inusitados.

No quesito hospedagem, o Airbnb tem despontado nos últimos anos como um importante player no mercado nacional. A plataforma on-line conecta proprietários que possuem acomodações com pessoas interessadas em alugar o espaço que pode ser desde um cômodo até a residência completa.  Para a advogada Clara Cardoso, a maior vantagem é a localização dos imóveis. “É possível conseguir uma boa localização a um preço mais baixo, além de muitas vezes existir uma integração com outras pessoas da casa. Acredito que essa troca pode ser muito legal”, conta.

No site Alugue temporada, mais de dois milhões de viajantes brasileiros têm a oportunidade de alugar imóveis para as férias, feriados ou finais de semana. Para aqueles mais despojados há, ainda, a opção do Couchsurfing ou “surfe de sofá” no bom português. Trata-se de uma rede social que une turistas que querem hospedagem grátis durante uma viagem e pessoas que gostariam de receber esses visitantes. Criado em 2003, ele pode ser uma maneira muito divertida e econômica de conhecer novos destinos.

Para o economista Dival Schimidt, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o crescimento dessas plataformas tem como questão central o aproveitamento de espaços ociosos, como no caso do Airbnb, e tem um forte impacto na economia.  “O crescimento dessas plataformas acaba desenvolvendo atividades paralelas como o serviço de limpeza contratado durante o aluguel de imóveis, além do aumento da competitividade que pode equiparar alguns preços e, assim, beneficiar o turista. Representa uma efetiva oportunidade de viabilizar pequenos negócios, portanto uma forma consagrada para empreendedores”, avalia.

CARROS E BARCOS - Para aqueles que desejam pegar a estrada, mas não possuem carro, uma opção é o BlaBlaCar, comunidade de viagens compartilhadas criada na França, em 2006. Por meio do site ou do aplicativo, a plataforma conecta condutores com lugares livres no carro a passageiros que vão para o mesmo destino. Eles viajam juntos e dividem os custos de gasolina e pedágio. No Brasil, entre dezembro de 2015 e março de 2016, os membros percorreram mais de 10 milhões de quilômetros e criaram mais de 22 mil diferentes rotas. O valor pago por cada passageiro é calculado com base na distância, no preço dos pedágios e no consumo de gasolina de um veículo médio.

Se a intenção é navegar e curtir um passeio especial, o Social Boats permite que o turista identifique embarcações disponíveis para aluguel em vários cantos do país. O objetivo é tornar a navegação mais viável e acessível. Além disso, os proprietários que não desejam deixar suas embarcações paradas podem encontrar uma maneira de rentabilizá­-las, cobrindo os custos mensais para manter o barco alugando através do nosso site.

 

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