Os 417 anos de Natal
O aniversário da capital do Rio Grande do Norte é marcado pelos festejos natalinos, férias de verão e alta temporada turística
Por Geraldo Gurgel
Natal vista de cima. Crédito: Canindé Soares
No domingo (25) a capital potiguar, Natal, completa 417 anos. Apesar de Quatrocentona, a cidade é moderna e atraente sendo uma das mais visitadas do Brasil. Não há como pensar em Nordeste, verão, praias e festas de fim de ano sem incluir Natal. Até mesmo quem ainda não a conhece, sabe que a cidade é linda e faz parte dos sonhos de viagem dos brasileiros e turistas estrangeiros que visitam o Brasil. Sua fundação, em 25 de dezembro de 1599, justifica a escolha do nome. Não por acaso, o Forte dos Reis Magos, onde tudo começou, tem o formato da estrela de Belém, símbolo da cidade. O monumento é um importante ponto turístico e o mais visitado de Natal.
Se para os potiguares o verão dura o ano inteiro, a época de Natal é um dos melhores períodos para se conhecer o Rio Grande do Norte. A capital, além de festejar seu aniversário toda iluminada, mantém um extenso calendário de shows, feiras, atividades culturais, gastronômicas e o melhor do artesanato regional. Batizada de Natal em Natal, a programação continua até 6 de janeiro, dia da festa dos Reis Magos e da conquista do território dos potiguares pelos portugueses, em 1598.
Um dos grandes atrativos da decoração natalina é a Árvore de Mirassol com mais de 100 metros de altura, aliás é na Praça da Árvore que se concentra boa parte da programação. Quem tiver o privilégio de passar o réveillon em Natal poderá, ainda, brindar a chegada de 2017 com muita festa e queima de fogos na beira mar de Ponta Negra, Praia do Meio e Redinha. Os muitos hotéis da orla também oferecem aos hospedes programação especial na virada do ano.
Crédito: Canindé Soares
Natal sedia também um centro de cultura espacial e a base de lançamento de foguetes da Barreira do Inferno. A cidade, que fica voltada para o norte da África e a Europa, na esquina da América do Sul, tem grande importância estratégica. Por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial foi base aérea e naval americana usada na vitória dos aliados.
Nos primórdios da aviação, a cidade era escala obrigatória para aviões que cruzavam o atlântico sul e, ainda na colônia, foi disputada por franceses, holandeses e portugueses, além de ponto de partida para expansão do território e novas conquistas ao norte do Brasil. Natal virou Nova Amsterdã durante a invasão holandesa, entre 1633 e 1654. Parte desse passado segue preservado e pode ser apreciado no centro histórico.
DESTINOS A PARTIR DE NATAL - A temporada de verão continua até o Carnaval, com a chegada de turistas brasileiros e do mundo inteiro. Boa parte dos natalenses se muda para as casas de praia durante as férias, como a badalada Ponta Negra, adornada pelo Morro do Careca. Fora da zona urbana, ao sul da capital, estão Pirangi, onde fica o maior Cajueiro do Mundo, e Pipa. O trajeto é intercalado por dunas, lagoas e muitas outras praias emolduradas por coqueiros e falésias.
Ao norte de Natal ficam destinos como Genipabu, Pitangui e Jacumã com suas dunas e lagoas para refrescar os turistas durante os passeios de buggy. Já Maracajaú proporciona mergulho entre os cardumes coloridos nos parrachos afastados da praia. A BR-101 Norte ainda leva o visitante a Touros e São Miguel do Gostoso, esta última agitada pelos esportes de velas que se movem ao sabor dos ventos. Ainda mais ao norte, Galinhos pode ser alcançada de barco ou carro 4 x 4 e encanta pela beleza bucólica do istmo (terra estreita cercada por água dos dois lados) entre dunas, pirâmides de sal e a ausência de veículos.