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Vale Europeu: cultura e compras no vale do Itajaí

A herança cultural dos colonizadores alemães, italianos, austríacos, poloneses e portugueses é a marca da região catarinense localizada no Vale do Itajaí

  • Publicado: Terça, 25 de Outubro de 2016, 11h10
  • Última atualização em Sexta, 04 de Novembro de 2016, 09h44

Por Geraldo Gurgel

As construções em estilo enxaimel de Blumenau. Crédito: Divulgação/Embratur
As construções em estilo enxaimel de Blumenau. Crédito: Divulgação/Embratur


Quem visita Blumenau (SC), em busca de cerveja, comida típica e outros atrativos característicos da cultura alemã pode esticar a viagem pelo Vale Europeu. O roteiro pode começar e terminar pela própria Blumenau que concentra boa parte dos atrativos turísticos da região. São muitas as opções espalhadas pelo Vale Europeu: da arquitetura típica à culinária, celebrada em grande estilo durante festas típicas; dos roteiros de compras pelas cidades-polo da indústria têxtil catarinense às celebrações religiosas que acontecem em vários municípios; do ecoturismo ao turismo rural. Tem opções para todos os gostos, bolsos e tipos de viajantes.

A arquitetura, os costumes, a gastronomia e até os dialetos remetem ao velho continente. Em Blumenau, Pomerode, Brusque e Gaspar, a cultural alemã predomina. Em São João Batista, Rodeio e Nova Trento destaca-se a colonização italiana. Em quase todos os 21 municípios da região há festas que celebram a cultura dos imigrantes. O mês de outubro é marcado pelas tradicionais Oktoberfest (Blumenau), Fenarreco (Brusque), a Festa do Imigrante (Timbó) e a Kegelfest (Rio do Sul). Até o fim do ano tem a Festa Pomerana (Pomerode), a Festitália (Blumenau), a Festa Trentina (Rio dos Cedros) e a La Sagra (Rodeio).

TURISMO DE COMPRAS – Algumas cidades do Vale Europeu são conhecidos destinos de compras. Brusque é um dos principais polos têxteis do país. No ramo calçadista, destaca-se São João Batista. Enquanto Blumenau foi a primeira cidade do Vale Europeu a apostar no turismo de compras de cristais, porcelanas, têxteis, brinquedos e chocolates.

TURISMO RURAL - Viajar pelas cidades do Vale Europeu é um dos passeios mais agradáveis que se pode fazer em Santa Catarina. A paisagem é entrecortada por rios e cascatas. Em 12 municípios da região as propriedades rurais oferecem hospedagem, pescarias, cavalgadas e trilhas, além de mesa farta, com café colonial, produtos orgânicos e caseiros. As paisagens incluem casas de estilo enxaimel (colonial alemão), moinhos, rodas-d’água, capelas e engenhos.

Santuário de Azambuja em Brusque. Crédito: Prefeitura municipal
Santuário de Azambuja em Brusque. Crédito: Prefeitura municipal


TURISMO RELIGIOSO - O Vale Europeu também abriga santuários, capelas, oratórios, igrejas e grutas dedicadas a diversos santos. Só em Nova Trento são mais de 30 instituições ligadas à fé católica, incluindo o Santuário Santa Paulina, dedicado à primeira santa brasileira. Destacam-se, ainda, o Santuário Nossa Senhora de Azambuja, em Brusque e a Gruta Nossa Senhora de Fátima, em Doutor Pedrinho. O roteiro conta também com igrejas luteranas em Blumenau.

ECOTURISMO - Morros, vales, rios, cascatas e cachoeiras do Vale Europeu são um convite permanente para a prática de trekking, rapel, cascading, canyoning, mountain biking, voo livre e parapente. A tradição da bicicleta é mais uma herança dos colonizadores europeus e opção de esporte em contato com a natureza no roteiro catarinense.  O circuito ciclístico intermunicipal do Vale Europeu, com 300 km, atravessa nove municípios. Rio dos Cedros faz parte da rota e chama a atenção pela beleza dos lagos cercados de montanhas. Outra atração imperdível no roteiro dos ciclistas, pela sua beleza natural, é a caverna de Botuverá, a maior do Sul do país.

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