Patrimônio cultural brasileiro é vitrine para o mundo na Casa Brasil
Característica marcante do povo brasileiro, diversidade cultural é um dos destaques da Casa localizada no Boulevard Olímpico da Rio 2016
Por Geraldo Gurgel
A Casa Brasil, espaço que reúne atividades turísticas, gastronômicas, culturais, esportivas, sociais e de negócios, abriga também a exposição Patrimônio Imaterial Brasileiro – A Celebração Viva da Cultura dos Povos. Organizada pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a exposição é um dos destaques da Casa. O visitante pode conhecer os 38 bens culturais imateriais do Brasil reconhecidos pelo Instituto, dos quais cinco já foram declarados pela UNESCO Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A exposição segue aberta para visitação até 18 de setembro.
O patrimônio cultural imaterial está dividido em quatro categorias: Saberes, Lugares, Celebrações e Formas de Expressão. Recursos audiovisuais e interatividade, em ambientes didáticos, levam o visitante a conhecer e vivenciar cada um dos bens imateriais como o ofício dos Mestres de Capoeira e a Roda de Capoeira, um dos ícones da identidade cultural do Brasil no exterior.
Outro destaque é o teatro de bonecos do Nordeste chamado de Cassimiro do Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo e Calunga, no Rio Grande do Norte; Babau, na Paraíba; e Mamulengo, em Pernambuco. A contribuição indígena também contribuiu com o patrimônio: no Amapá, a Arte Kusiwa - pintura corporal e arte gráfica Wajãpi e, no Amazonas, a Cachoeira de Iauaretê – lugar sagrado dos povos dos rios Uaupés e Papuri – e o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro.
Já a Bahia apresenta o ofício das baianas de acarajé, o samba de roda do recôncavo baiano e a festa do senhor do Bonfim. O Espírito Santo conta com o ofício das paneleiras de goiabeiras e Sergipe com o Modo de Fazer Renda Irlandesa. A Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis é um dos bens de Goiás. Tocantins e Goiás compartilham os patrimônios Rtixòkò - expressão artística e cosmológica do Povo Karajá – e os saberes e práticas associados aos modos de fazer bonecas Karajá.
No Maranhão tem o Bumba-meu-Boi e o Tambor de Crioula. No Pará fazem parte do patrimônio imaterial o Círio de Nazaré, o Carimbó, as festividades de São Sebastião na Região do Marajó e o Modo de fazer Cuias no Baixo Amazonas. Paraná e São Paulo, compartilham o Fandango Caiçara. Em Pernambuco tem a Feira de Caruaru, o Frevo, o Maracatu Nação e o de Baque Solto e o Cavalo Marinho. O Rio de Janeiro também marca presença com a Festa do Divino Espírito Santo de Paraty e as Matrizes do Samba - partido alto, samba de terreiro e samba-enredo. O Rio Grande do Sul completa a lista com a Tava, referência do povo Guarani.
Patrimônio Imaterial Mundial - O Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Arte Kusiwa - pintura corporal e arte gráfica Wajãpi, o Frevo, o Círio de Nazaré e a Roda de Capoeira são os bens reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.