Sul-americanos são maioria entre turistas internacionais no Brasil
Pesquisa do MTur mostra que o turismo regional fortalece a atividade no Brasil. Argentinos corresponderam a 33% dos estrangeiros que visitaram o país em 2015
Por Walquíria Henriques
Foto: Divulgação Embratur
A facilidade de acesso, por terra e também por via aérea, é um dos fatores que tornam os países sul-americanos os principais emissores de turistas para o Brasil. No ano passado, os vizinhos representaram 54,2% dos 6,3 milhões de visitantes estrangeiros que cruzaram nossas fronteiras, sendo que os argentinos continuam liderando o ranking geral das nações que mais visitam os destinos brasileiros. As conclusões são da Demanda Turística Internacional, do Ministério do Turismo, divulgado nesta quarta-feira (20).
“Fortalecer o Brasil como destino turístico competitivo passa necessariamente pelo fortalecimento do turismo regional e a forte presença de turistas dos países vizinhos ao Brasil mostram que estamos fazendo bem esse trabalho”, explica o ministro interino do Turismo, Alberto Alves.
Em 2015, mais de 2 milhões de argentinos visitaram o Brasil, um crescimento de 19,2% em relação ao ano de realização da Copa do Mundo. Este fluxo de sul-americanos explica o fato de Florianópolis (SC) e Foz do Iguaçu (PR), cidades próximas à fronteira sul, se posicionarem, respectivamente, em 2º e 3º lugar entre os destinos de lazer mais visitados no país depois do Rio de Janeiro.
Segundo a pesquisa de demanda internacional divulgada hoje pelo Ministério do Turismo, 83,4% dos visitantes estrangeiros em Florianópolis e 59% em Foz do Iguaçu entraram no Brasil por via terrestre. Ou seja, usaram o carro, ônibus e outros veículos para chegar ao país.
Depois da Argentina (2.079.823) e dos Estados Unidos (575.796), o Chile (306.331), Paraguai (301.831) e Uruguai (267.321) se colocam, nesta ordem, na lista dos principais emissores de visitantes para o Brasil, depois da Argentina e do Estados Unidos.
DEMANDA INTERNACIONAL - Foram ouvidos 35.133 turistas estrangeiros em 16 aeroportos internacionais, que representam mais de 99% do fluxo internacional aéreo; e 10 fronteiras terrestres, que representam cerca de 90% do fluxo internacional terrestre.