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Turismo rural: um roteiro alternativo em Gramado

Visita às comunidades coloniais e agrícolas são opções para o turista fugir dos tradicionais atrativos no centro da cidade

  • Publicado: Sexta, 08 de Julho de 2016, 10h26
  • Última atualização em Sexta, 08 de Julho de 2016, 11h03

 Por Deborah Domenici

Princesinha leva turistas ao passeio. Crédito: Diego Campos/Ministério do Turismo

 

O turismo rural vem despertando a curiosidade dos viajantes que visitam Gramado (RS). A bordo da charmosa Princesinha, ônibus característico da década de 50, os caminhos de terra beirados por lenhas de eucalipto composta, ao fundo, por paisagens serranas, complementam o trajeto com destino às propriedades dos colonos.  A degustação de comidas típicas, curiosidades culturais de herança europeia e a vivência, mesmo que por algumas horas, da rotina dos agricultores estão entre itens que agregam uma nova experiência na bagagem do turista.

O fortalecimento e a consolidação do agroturismo na cidade tem o apoio do Ministério do Turismo. Em 2013, por meio do programa Talentos do Brasil Rural, o MTur capacitou empreendimentos da agricultura familiar para incluir produtos de fabricação caseira e serviços no turismo brasileiro. Hoje, no Brasil, mais de 20 famílias são diretamente beneficiadas após terem sido incluídas em circuitos turísticos de sua região.

A Agência de Notícias do Ministério do Turismo está na cidade para acompanhar o revezamento da Tocha Olímpica e aproveitou para explorar roteiros que valorizam as riquezas do interior gramadense:

O Quatrilho - Após percorrer uma estrada (de terra e brita, muito bem conservada) rodeada por araucárias, plantação de erva marte, de parreirais italianos e alemães chega-se às localidades de Campestre do Tigre e Tapera. Na primeira parada o proprietário, quase centenário, Celeste Lazaretti recebe o grupo em meio a sua plantação de uvas e kiwis. Há degustação de vinho colonial e da graspa, a cachaça da uva. Na sequência, uma volta ao tempo na propriedade da família Grins te leva a conhecer as terras onde se passou a história real do clássico O Quatrilho. A igreja onde foi realizado o casamento dos protagonistas do romance e o túmulo onde foram enterrados, também estão localizados ali. Antes de chegar à última propriedade, o motorista da Princesinha faz a parada no Morro da Polenta que, com 900 metros de altura, se torna mirante para fotos da serra gaúcha.

Na parada final, ao entrar na casa da família Ramm, um som tocado por um sanfoneiro anima o lanche servido com um farto café colonial. Os quitutes salgados são preparados por seu Ingo, de 80 anos, e, bolo doce e biscoitos de tradição alemã estão sob a responsabilidade da mulher Isolde. Com 78 anos, ela conta que receber as pessoas em sua casa é o que a faz feliz. "O agroturismo é uma motivação que me mantém viva, onde posso repassar as origens e culturas da minha família", revela. Ela ainda aconselha, " Não deixe de provar o tradicional doce de maçã com nata”.  E assim se encerra o passeio, rumo à estação inicial no centro da cidade.

Em plena expansão na região, o agroturismo de Gramado é hoje fonte de renda para os colonizadores nativos. O passeio é, sem dúvida, marcante e, a vontade é passar horas nas pequeninas casas de madeira ouvindo curiosidades de época. 

Café Colonial. Crédito: Diego Campos/Ministério do Turismo

Tour do Vale - A propriedade da família Marcon mostra o plantio de milho e o manejo com os animais. É possível alimentar as ovelhas, degustar suco de uva, geleias e pães produzidos por lá. Em seguida, pausa para a foto de duas cachoeiras em uma trilha ecológica.  Curiosidades da produção de cachaça, graspa e vinho são narradas pelo produtor e dono do alambique, Romeu Rossa. Já na casa centenária em estilo enxaimel, arquitetura tipicamente alemã, de Jovani e Margaretti Barreta, são servidos  verdadeiros produtos coloniais como bolos, pastéis, cucas, sucos e cafés.

Raízes Coloniais – É possível visitar um museu colonial e uma casa centenária, construída sobre um porão de pedras, que abriga vinhos, queijos e salames. Em seguida, a parada é no Moinho Cavichion, onde é possível acompanhar o processo de produção da farinha de milho como antigamente. Já na propriedade da família Marcon, o turista acompanha a fabricação da erva-mate, matéria-prima do chimarrão, que pode ser degustado ao final da visita. No museu do Fioreza, há relíquias de grande valia para o proprietário. Este roteiro se encerra com um café colonial da casa da família Foss.

Serviço: 

Roteiro de Agroturismo em Gramado

O Quatrilho - Endereço: Campestre do Tigre e Tapera (54) 8122-0909

Tour no Vale - Endereço: Linha 28 - (54) 8122-0909
Raízes Coloniais - Endereço: Linha Bonita e Linha Nova  (54) 8122-0909

Obs: As visitas são realizadas todos os dias, mas é preciso agenda-las com antecedência


Outras informações:

Programa Talentos do Brasil Rural

 

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