Turismo lança campanha de proteção à infância no Rio
Além do Rio de Janeiro, a palestra vai passar pelas capitais do futebol olímpico: Manaus, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador
Por Deborah de Salles

A prevenção à exploração sexual infantil foi tema de seminário que aconteceu nesta sexta-feira (21) no Rio de Janeiro, cidade-sede da Olimpíada e Paralimpíada de 2016. A capital carioca é a primeira a sediar uma nova etapa de palestras do Ministério do Turismo, que passará pelas seis capitais do futebol olímpico: Manaus, Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Rio – incluindo as comunidades pacificadas da Rocinha, Cidade de Deus e Jacarezinho.
O objetivo é mobilizar os profissionais que atuam em bares, restaurantes, pontos turísticos e meios de hospedagem sobre a importância de atuar preventivamente e denunciar em caso de suspeitas de crime. “Sabemos que na Olimpíada teremos turistas de diversos países e que vão visitar destinos além do Rio de Janeiro. A criança vitimada não fala, então é preciso contribuir para alertar a todos. A exploração sexual é crime e o turismo não pode ser associado a isso. Turismo é sinônimo de felicidade. ”, afirmou o coordenador-geral de Proteção à Infância do Ministério do Turismo, Adelino Neto.
O evento contou com a presença de representantes da secretaria de Turismo, Saúde e Desenvolvimento Social, da Polícia Rodoviária Federal, do SESI e conselheiros tutelares. Profissionais do setor também compareceram como os membros da Associação Brasileira de Indústria e Hotéis e do Convention Bureau do Rio de Janeiro, entre outros.
Entre as iniciativas do Ministério sobre o tema, destaca-se o Programa Turismo Sustentável e Infância (TSI), que inclui, além das palestras, a distribuição de material de divulgação e cartilhas com dicas sobre como evitar e reconhecer atitudes suspeitas.
Dados - O Rio de Janeiro é o segundo estado do país em número de denúncias voltadas à exploração sexual de crianças e adolescentes. Foram 187 ligações pelo Disque 100 entre janeiro a junho deste ano. No ano passado, o Rio ficou entre os cinco estados que mais recorreram ao serviço telefônico do governo federal. O número de denúncias é menor do que o número real de casos.
Prevenção - Entre os principais meios de denúncia, destaca-se o Disque 100. O canal telefônico é gratuito e sigiloso - e pode ser acionado pela população para registrar casos ou suspeitas de violação ao direito da criança e do adolescente. Também é possível fazer denúncias ou tirar dúvidas pelo celular, por meio do aplicativo Proteja Brasil. O aplicativo, desenvolvido pela Unicef e o governo brasileiro, está disponível na Apple Store ou na Google Play.