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Exploração sexual infantil é tema de debate em Santa Catarina

Cerca de meio milhão de crianças são vítimas da indústria sexual todos os anos, segundo a Secretaria de Direitos Humanos. O objetivo do encontro é mobilizar representantes do setor e demais membros da sociedade para uma estratégia de combate ao crime
  • Publicado: Segunda, 22 de Setembro de 2014, 11h28
  • Última atualização em Segunda, 22 de Setembro de 2014, 11h27

A prevenção e o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes foi tema de palestra na última sexta-feira (19) em Florianópolis. As ações são de iniciativa do Ministério do Turismo em parceria com o Ministério da Saúde e do Conselho Nacional do SESI. O objetivo é mobilizar gestores, educadores, assistentes sociais e membros da sociedade civil para estratégias de combate, como o Disque 100, além de compartilhar medidas que ajudem a evitar o crime no país. 

Na palestra, o coordenador geral de Proteção à Infância do Ministério do Turismo, Adelino Neto, afirmou que a rede de exploração do corpo de crianças e adolescentes é um processo cruel classificado como crime hediondo. “Nosso objetivo é criar uma rede de proteção que mobilize todos os representantes que lidam com o turismo”, disse. Entre eles, motoristas de taxis, que presenciam cenas de exploração, garçons, que ganham gorjeta para indicar as vítimas, agentes de viagem e representantes da rede hoteleira, onde os encontros costumam acontecer.

Foram registradas 271 denúncias de exploração sexual infantil em Santa Catarina pelo Disque 100 no período entre janeiro e agosto deste ano. Se considerados os últimos três anos são 879 registros pelo telefone. Florianópolis está entre os cinco municípios com maior número de denúncias (36) no ano. Os demais são Joinville (96), Canoinhas (84), Mafra (68), Três Barras (49) e Itajaí com (38), segundo a Secretaria de Direitos Humanos (SDH).

O Brasil ocupa hoje o primeiro lugar em exploração sexual de crianças e adolescentes da América Latina. Cerca de 500 mil crianças são vítimas da indústria sexual por ano. A cada três horas, três crianças brasileiras são abusadas sexualmente e as principais vítimas são meninas e meninos de baixa renda e baixa escolaridade - em busca de melhores condições de vida. Ainda de acordo com a SDH, os exploradores, em geral, são homens entre 25 a 40 anos, de classe média e desacompanhados. Em relação aos exploradores estrangeiros predominam os italianos, os portugueses, holandeses e norte-americanos.

Marcaram presença no evento a coordenadora do Pronatec Turismo, Paloma Salomão, a representante do Ministério da Saúde e técnica da Secretaria Municipal de Saúde, Katia Rebello, e o representante do Conselho Nacional do Sesi, responsáveis pelo Projeto Vira Vida, Fernando Luz.

O Pronatec Turismo e o Vira Vida são projetos que atuam em parceria, contribuindo para a formação e inclusão no mercado de trabalho. “O acordo é uma oportunidade de ressocialização dos que sofreram qualquer tipo de violência. Nos encontros também incentivamos os empresários a contratá-los para atuar no mercado de turismo”, disse Paloma.

Nos debates, o Ministério da Saúde atua com a exposição de dados apurados no Sistema de Vigilância de Violência a afim de reforçar os municípios. Em 2012, por exemplo, foram 22.326 registros de violência sexual, sendo 7.490 casos de crianças até nove anos e 9.846 de adolescentes entre 10 a 19 anos.

O principal canal de denúncia é o Disque 100. A ocorrência também pode vir pelos celulares, por meio de um aplicativo com o nome Proteja Brasil, desenvolvido pela Unicef e pelo governo brasileiro. A ferramenta auxilia os usuários a identificarem e denunciarem violações de direitos contra crianças e adolescentes - e podem ser baixados pelo Google Play e pela Apple Store.

Clique aqui para ouvir comentário do coordenador Adelino Neto sobre a atuação do Ministério do Turismo na área.

Dados de Santa Catarina

Florianópolis foi a 15ª cidade mais visitada durante a Copa do Mundo, em um ranking de 20 cidades, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com o Ministério do Turismo. Entre os estrangeiros que mais visitam a capital de Santa Catarina estão os argentinos (63,3%), seguidos pelos uruguaios (17,1%) e chilenos (3,6%), de acordo com dados da Demanda Turística Internacional (2012).  

Clique na imagem e acesse o mapa das denúncias por estado:

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Assessoria de Comunicação Social - Ascom/MTur
Telefone: (61) 2023-7029/7064
e-mail: imprensa@turismo.gov.br

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