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Elas são poetas, nobres, revolucionárias e cantoras

No Dia Internacional da Mulher lembramos personagens do Brasil
  • Publicado: Quinta, 08 de Março de 2012, 13h24
  • Última atualização em Quinta, 08 de Março de 2012, 13h19
DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Autor:DIVULGAÇÃO

A catarinense Anita Garibaldi lutou na Revolução Farroupilha e na Batalha dos Curitibanos

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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Carmem Miranda fez sucesso no Brasil e no exterior, e foi considerada precursora do tropicalismo

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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Cora Coralina, mulher de alma romântica e uma das maiores contistas e poetas da história brasileira

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Maria Bonita ignorou o preconceito do uso das armas e participou de muitas batalhas pelo sertão

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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Princesa Isabel: rebatizada como A Redentora, por ter assinado a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.

A passagem do Dia Internacional da Mulher tem raízes fortes, emocionantes e representa a luta pela valorização feminina e de suas tarefas. Este 8 de março nos reporta a sentimentos de orgulho, pela força e capacidade de um ser, aparentemente, frágil. Sabe-se que a data não foi criada apenas como uma comemoração, pois pode se transformar, por exemplo, em um bom motivo para se conhecer os lugares onde viveram algumas das mulheres que fizeram história em nosso país.

Embora cada uma tenha vivido com objetivos e personalidades próprios, em todas bateram corações apaixonados, embalados por lutas e sonhos realizados. Entre tantos exemplos, escolhemos alguns nomes que fizeram a diferença, e aproveitamos para apresentar roteiros turísticos criados onde nasceram e lutaram por suas causas.

CONTISTA GOIANA
Representando o mundo da poesia, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas tem o pseudônimo de Cora (coração) Coralina (coral), mulher de alma romântica e uma das maiores contistas e poetas da história brasileira. Começou a escrever cedo, aos 14 anos, porém seu primeiro livro foi publicado aos 75. Cora nasceu e passou sua juventude numa casa ao lado da ponte sobre o Rio Vermelho, em Goiás Velho (GO). Morou em São Paulo, mas retornou a Goiás - para a mesma casa, e nela ficou até a sua morte, em 1985, aos 95 anos.

Goiás Velho, entre tantas atrações, mantêm hoje a casa de Cora Coralina, transformada em museu, um dos pontos turísticos mais visitados do estado. A visita vale muito a pena, pois a casa guarda um pedacinho da poeta, com tudo exatamente como ela deixou, incluindo móveis, roupas e objetos pessoais. Na cozinha, por onde começa a visita, estão os utensílios que Cora utilizava para fazer os doces cristalizados que ela mesma vendia. No quarto, vestidos pendurados na parede, seus livros, fotos e cartas, e também a bengala que a amparou até o final da vida. Em duas salas, o histórico se mistura à tecnologia, onde totens reproduzem vídeos nos quais Cora declama seus poemas.

A casa fica aberta de terça a sábado, das 9h às 17h. Domingos e feriados, das 9h às 16h. Telefone: (62) 371-2473. Ingressos a R$ 2.

PRIMEIRA CANGACEIRA
Na Bahia, a presença de mulheres revolucionárias, e nada frágeis, é imensa. Como exemplo, temos Maria Bonita (mulher do cangaceiro Lampião), que ignorou o preconceito do uso das armas e participou de muitas batalhas pelo sertão. Maria Bonita foi batizada como Maria Gomes de Oliveira. Nasceu no sítio ‘Malhada da Caiçara,’ do município baiano de Paulo Afonso - à época Gloriense. Mostrando coragem, ela foi a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.

Pra quem gosta de trilhas recomenda-se a ‘Rota do Cangaço’, uma trilha de aproximadamente 680m. A casa onde Maria Bonita nasceu virou museu e faz parte desse roteiro. O lugar está situado no povoado Malhada da Caiçara, zona rural do município, há 38km do centro de Paulo Afonso (BA). Guarda a linha arquitetônica original. Um roteiro de muita história e cultura, onde que lá visita, certeza vai vivenciar o que Maria Bonita viveu.

EM FAVOR DOS ESCRAVOS
Pensar em mulheres de importância histórica e não se lembrar da Princesa Isabel é imperdoável. Nossa representante política conta com um enorme currículo: três vezes regente do Império, primeira senadora do Brasil, terceira chefe de Estado e chefe de governo, além de ter sido rebatizada como ‘A Redentora’, por ter assinado a Lei Áurea, que aboliu definitivamente a escravidão no Brasil.

Se você quer conhecer os lugares onde a princesa brasileira viveu, vá a Petrópolis. Lá, a ‘Praça Princesa Isabel’ a homenageia. E a ‘Casa da Princesa Isabel’, onde morou e teve seus dois primeiros filhos. A construção é tombada pelo IPHAN e conserva suas características neoclássicas. Atualmente, é sede da ‘Cia Imobiliária de Petrópolis’, onde também funciona o ‘Antiquário da Princesa’. A casa conta com exposições eventuais, e só é aberta para visitas internas nestes períodos.

Ainda caminhando pelas ruas de Petrópolis, ao chegar à Rua da Imperatriz, 220, encontramos um pouquinho da história da Princesa Isabel e de sua família: o ‘Museu Imperial’ - o mais visitado do Brasil. Na Rua Alfredo Pachá, pode-se visitar o Palácio de Cristal, onde nossa princesa entregou a cerca de 130 escravos, cartas de alforria num Domingo de Páscoa de 1888.

AMOR e REVOLUCÃO
Outra representante de mulheres revolucionárias é Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, que nasceu em Laguna (SC), e depois de conhecer Giuseppe Garibaldi resolveu marcar a história com o nome de Anita Garibaldi. Guerrilheira e apaixonada, Anita lutou e conquistou muitas vitórias ao lado do marido. Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos) e na Batalha dos Curitibanos. Passou boa parte da vida fugindo de tropas rivais, até o fim de sua vida.

Em Santa Catarina, dois municípios receberam seu nome: Anita Garibaldi e Anitápolis. Em Salvador, foi homenageada com o nome de uma avenida; em Curitiba com o nome de uma praça, e em diversas cidades com nomes de ruas. Em Laguna, os documentos históricos sobre a Revolução Farroupilha e objetos que pertenceram à Anita estão abrigados num museu que leva seu nome. A ‘Casa de Anita’ exibe móveis e retratos pertencentes à revolucionária. Para os românticos, vale uma visita à ‘Fonte da Carioca’, onde Anita e Giuseppe teriam se beijado pela primeira vez - hoje ponto de encontro dos namorados. E para as mulheres que querem se casar, a lenda diz que, basta dar três voltas (para o lado direito) ao redor da Figueira que se encontra em frente à fonte (conhecida como ‘Árvore de Anita’) e depois beber alguns goles da áfua fonte.

PEQUENA NOTÁVEL
Como representante do mundo artístico escolhemos Maria do Carmo Miranda da Cunha, ou a ‘Pequena Notável’. Embora tenha nascido em Portugal, Carmem Miranda era brasileiríssima de coração. Fez sucesso no Brasil e no exterior, e foi considerada precursora do tropicalismo (movimento cultural brasileiro) por seu estilo eclético, espalhando a música brasileira pelo mundo.

Quem vai ao Rio e passa pelo Largo da Carioca se depara como uma escultura em homenagem à Carmem. Já instalado no aterro do Flamengo, temos o ‘Museu Carmem Miranda’, criado um ano após a sua morte. São 3.560 itens, entre trajes e acessórios usados por ela em filmes e shows. Além disso, coleções de fotografias, discos, filmes, partituras, cartazes, troféus e documentos sobre a artista. De quarta a sexta, das 11h às 17h. Sábados, das 13h às 17h.

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