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TURISMO DE EXPERIÊNCIA

MTur cria comissão para estimular a economia criativa nos municípios

A ideia é impulsionar, através do turismo e da cultura, o desenvolvimento econômico e social e a ocupação criativa de espaços das cidades

  • Publicado: Quarta, 07 de Outubro de 2020, 12h46
  • Última atualização em Sexta, 09 de Outubro de 2020, 11h40

Por Amanda Costa

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Brasília recebeu da Unesco o título de Cidade Criativa pelo seu design. Crédito: Eneida Castro/MTur

O Ministério do Turismo vai criar um grupo de trabalho para discutir e estimular a economia criativa, por meio do turismo e cultura, nos municípios brasileiros. O objetivo é estimular as cidades a usarem o seu capital criativo e inovador para promoção do desenvolvimento econômico local através de práticas como gastronomia e música, por exemplo.

A comissão deve apresentar, no próximo ano, uma proposta com elementos técnicos que respaldem a criação da Rede Brasileira de Cidades Criativas. A ideia é construir critérios e diretrizes para o desenvolvimento das agendas criativas das cidades, estimulando, principalmente, o turismo de experiência.

“Este é um movimento importante para o desenvolvimento turístico, econômico, cultural e social dos municípios brasileiros. Ao criar soluções inovadoras de melhorias locais, diversificando a oferta turística e o desenvolvimento da cultura, quem mais ganha é a população”, destaca o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

O grupo será formado por representantes das secretarias nacionais de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo e da Economia Criativa e Diversidade Cultural. A participação não será remunerada. A portaria que institui o grupo de trabalho foi publicada nesta terça-feira (06) no Diário Oficial da União.

CIDADES CRIATIVAS – Dez cidades brasileiras possuem o selo de “cidades criativas”, concedido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Estão na lista Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), no campo da gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Salvador (BA), na música; e Santos (SP), no cinema.

Desde 2004, a UNESCO reconhece, em todo o mundo, esforços de cidades para colocar a economia criativa, com projetos turísticos e culturais, no centro de planos de desenvolvimento urbano. Por isso, criou a rede mundial de cidades criativas. Atualmente, são 246 cidades em mais de 80 países.

A inspiração para a iniciativa brasileira surgiu deste projeto, além de experiências de outros países que já possuem suas próprias redes e permitem maior interação e colaboração local e nacional no desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável.

A proposta é potencializar a indústria criativa em todo o país, alavancando o desenvolvimento econômico e social das comunidades. Isso porque, o Brasil possui mais de 5.500 municípios e, além das 10 cidades já reconhecidas pela UNESCO, têm potencial para usar a criatividade como fator estratégico para o desenvolvimento. Assim, a ideia é que a rede também funcione como um laboratório de ideias e de cooperação entre as cidades.

Edição: Lívia Nascimento

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