Número de empregados em agências de viagens do Paraná deve aumentar 14%
Resultado é fruto de sondagem realizada pelo MTur com mais de mil empresas paranaenses do segmento
Por Cecília Melo
Jardim Botânico de Curitiba, expoente de visitação turística na capital paranaense. Foto: Renato Soares/Banco de Imagens MTur Destinos
Com o objetivo de identificar a perspectiva dos empresários quanto ao desempenho de seus estabelecimentos e destinos para os próximos meses, o Ministério do Turismo realizou pesquisa inédita com 2 mil agências de viagens no país. Só no Paraná, as empresas indicaram que devem aumentar em 14% a contratação de novos funcionários.
As agências consultadas também indicaram perspectiva de crescimento de 55% no faturamento e de 56% na oferta de serviços. O sentimento para os próximos meses indica otimismo, se comparado com os resultados do 1º trimestre do ano. De janeiro a março, 35% delas indicaram alta na receita, 4% aumento do número de empregados e 35% na demanda pelos serviços ofertados. CONFIRA O ESTUDO NA ÍNTEGRA.
Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, os números demonstram otimismo e corroboram para a virada que a nova gestão está realizando no setor. “Precisamos monitorar o comportamento do setor turístico brasileiro e ver se as ações chegam na ponta. Isso é um importante impulso para continuarmos trabalhando ainda mais para desenvolver o setor turístico nacional, gerando emprego, renda e inclusão social, além de fortalecer nossos destinos”, finalizou.
RAIO X DA PROCURA - Durante a sondagem, o MTur identificou ainda as cidades mais procuradas pelos paranaenses nas agências de viagens consultadas no estado. Natal (RN) lidera o ranking, seguido de Ipojuca (PE), Maceió (AL), Fortaleza (CE) e Gramado (RS).
A maioria dos viajantes busca sol e praia (48%) e passeios culturais ou em patrimônios históricos (15%). No perfil dos turistas consumidores das empresas ouvidas pelo MTur, cerca de 47% são casais com filhos, 25% viajam em família ou com amigos e 15% procuraram as agências para viajar sozinho.
MERCADO – Outro ponto inovador da pesquisa feita pelo Ministério do Turismo é a medição dos estados de origem de cada uma das agências consultadas com os destinos escolhidos pelos viajantes. O objetivo é contribuir, de forma antecipada, com as ações de promoção, bem como oferta de serviços das agências e destinos turísticos brasileiros. A pesquisa auxilia as empresas do setor de agenciamento de viagens a avaliarem nichos de mercados a serem melhor explorados.
Com esta sondagem, por exemplo, é possível identificar que os turistas das agências paranaenses consultadas pela pesquisa não têm Amapá, Maranhão, Espírito Santo, Pará e Sergipe como destino, enquanto Paraná e Rio Grande do Norte são os estados mais demandados pelos viajantes. “Informações com estas mostram que a qualificação dos serviços turísticos, bem como o aumento da competitividade do setor de viagens traz benefícios principalmente aos turistas, com preços mais acessíveis e mais opções de ofertas em todos os destinos nacionais, além de ganhos de mercado para as agências”, destaca o ministro do Turismo.
O ESTUDO - A Pesquisa de Sondagem Empresarial das Agências e Organização de Viagens está em sua primeira edição e será realizada semestralmente pelo Ministério do Turismo. O estudo é uma expansão da sondagem já realizada com o setor hoteleiro e pretende avaliar a percepção de desempenho, no cenário atual e futuro, das agências e operadores turísticos, além de identificar o comportamento do consumidor sob a perspectiva dos empresários para os períodos de alta temporada.
Para o subsecretário de Inovação e Gestão do Conhecimento do Ministério do Turismo, Marcelo Garcia, área responsável pelo estudo, este novo nicho atua diretamente com o consumidor (potencial ou real) de viagens. “Além de informações sobre o desempenho da empresa, o setor de agências e operadores representa uma potencial fonte de informações sobre o comportamento de consumo do mercado doméstico, em especial para a projeção da demanda com informações sobre motivo de viagem, segmento turístico de interesse e principais destinos demandados”, destaca. Segundo o subsecretário, a ideia é aumentar cada vez mais o número de agências consultadas pela pesquisa.