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PARINTINS

Tem festa do boi no coração da floresta!

Em sua 54ª edição, Festival Folclórico de Parintins atrai turistas de todo o mundo para acompanhar o duelo entre os bois Garantido e Caprichoso

  • Publicado: Sexta, 28 de Junho de 2019, 16h49
  • Última atualização em Segunda, 01 de Julho de 2019, 11h12

Por Geraldo Gurgel 

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Cor vermelha marca apresentação do boi Garantido. Crédito: Arquivo/MTur 

No meio da floresta amazônica, a ilha de Parintins (AM), às margens do rio Amazonas e a 365 quilômetros de Manaus, não para de receber aviões de hora em hora e, principalmente, barcos lotados que chegam da capital e demais destinos amazônicos. São milhares de turistas do Brasil e do mundo que acompanham as toadas dos bois Garantido e Caprichoso.

Na época do festival, a população da ilha, de 120 mil habitantes, chega a quase dobrar. A expectativa, de acordo com a prefeitura de Parintins, é de receber 80 mil turistas na edição deste ano. Além disso, segundo a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas, mais de R$ 420 milhões foram movimentados na região desde 2005 com a presença de quase 700 mil turistas. Só no ano passado, a celebração injetou R$ 50 milhões na economia local e gerou pelo menos cinco mil empregos diretos e indiretos na região. 

As apresentações, que começam nesta sexta-feira (28) e vão até domingo (30), simbolizam uma disputa e ocorrem numa arena batizada de “bumbódromo”. O estádio com o formato de uma cabeça de boi tem capacidade para 35 mil espectadores e permanece lotado nas três noites de festival, realizado sempre no último final de semana de junho. 

O festival folclórico do boi-bumbá é uma variação do bumba meu boi nordestino que, em Parintins, incorporou lendas indígenas e elementos da floresta. A festa é centenária. O Garantido surgiu em 1913 e o Caprichoso em 1925. O destino ribeirinho vira palco de uma rivalidade iniciada quando os dois grandes grupos dos “bois” começaram a representar a manifestação folclórica nas ruas da cidade. O evento, no formato atual, existe desde 1965 e está em sua 54ª edição.

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Representação do boi Caprichoso que leva as cores azul e branco. Foto: Arquivo/MTur  

Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a celebração de Parintins reforça o papel fundamental que a cultura brasileira tem como atrativo turístico nacional e mundial. "Eventos tradicionais dessa magnitude só mostram porque o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking do Fórum Econômico Mundial de países com atrativos culturais representativos. O festival contribui também para a geração de emprego e renda, além da inclusão social, objetivos centrais da nova agenda estratégica para o desenvolvimento do Turismo no país", destaca o ministro. 

Como em um desfile de carnaval, o festival segue um enredo. Além das toadas, dos adereços e das fantasias, as alegorias se destacam durante as apresentações. Elas são empurradas por cerca de 300 pessoas. O espetáculo é marcado por gigantescas representações de personagens do boi-bumbá que, além de ganharem movimentos articulados, chegam a ter entre 35 e 40 metros de comprimento e 12 de altura. O resultado é medido pelos títulos conquistados. Caprichoso tem 22 títulos do festival e vai tentar o tricampeonato neste ano. Já o Garantido conquistou 31 campeonatos. Cada boi tem seu “curral”, galpão que funciona como quadra ou barracão de ensaio.

Os amazonenses levam a sério a disputa entre o Caprichoso (azul e branco) e o Garantido (vermelho e branco). A rivalidade se estende entre os moradores, que pintam suas residências de acordo com as cores do boi de “estimação”. Os turistas também tomam partido por um dos lados do “bumbódromo”. Já os jurados usam canetas verdes para evitar dúvidas sobre imparcialidade. Em Parintins, até marcas internacionais de bebidas mudam de cor para agradar ao público dos dois bois.

Atrativos de Parintins – A orla do rio Amazonas e a Catedral de Nossa Senhora do Carmo estão entre os atrativos urbanos. Nos arredores de Parintins, a Vila Amazônia foi o berço da imigração japonesa na década de 1930 e pioneira no cultivo da juta, fibra usada em artesanatos. O local conta com várias trilhas, igarapés e cachoeiras. No rio Uaicurapá, durante a vazante, entre agosto e fevereiro, formam-se praias fluviais de areias brancas e águas escuras. O Lago Macuricanã integra um complexo de dezenas de lagos, muito apreciados no verão amazônico. A Serra da Valéria fica à 15 km de Parintins (1 hora de barco), de frente para o rio Amazonas e oferece vista panorâmica da região.

Edição: Cecília Melo 

 

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