Novas contratações devem crescer 11% entre agências de viagens do Rio ouvidas pelo MTur
Resultado é fruto de pesquisa inédita realizada pelo Ministério com 219 empresas de agenciamento cariocas
Por Cecília Melo
Cristo Redentor, Pedra da Gávea (RJ). Foto: Luciola Vilella/MTur
Com o objetivo de identificar a perspectiva dos empresários quanto ao desempenho de seus estabelecimentos e destinos para os próximos meses, o Ministério do Turismo realizou pesquisa inédita com 2 mil agências de viagens no país. No recorte da sondagem no Rio de Janeiro, as empresas indicaram cenário de aumento na demanda de serviços ofertados (58%), no faturamento (58%) e na contratação de novos funcionários (11%).
O sentimento para os próximos meses indica otimismo, se comparado com os resultados do 1º trimestre deste ano. Segundo as agências cariocas consultadas, de janeiro a março, 29% delas indicaram alta no faturamento, 9% no aumento do número de empregados e 36% na demanda pelos serviços ofertados. (CONFIRA O ESTUDO NA ÍNTEGRA).
Principal destino procurado por turistas estrangeiros a lazer e segundo maior emissor de chegadas internacionais no país, o Rio de Janeiro foi a porta de entrada de 1,3 milhão de viajantes de outras nacionalidades, em 2018. Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o estado contempla oferta turística ampla e diversificada - desde o acesso a patrimônios culturais, como as cidades históricas, um vasto litoral belo e bem estruturado - até uma forte vocação em sediar eventos internacionais.
“O Rio de Janeiro é a principal porta de entrada para o turismo de lazer do Brasil e uma das cidades mais bonitas do país. A região é fundamental para converter nosso potencial turístico em empregos e renda, centro da agenda do setor na atual gestão”, afirma o ministro.
RAIO X DA PROCURA - Durante a sondagem, o MTur identificou ainda as cidades mais procuradas pelos cariocas nas agências de viagens consultadas no estado. Fortaleza (CE) aparece como o principal destino, seguido de Penha (SC), Salvador (BA), Gramado (RS) e Maceió (AL). A maioria dos viajantes buscam sol e praia (46%) e passeios de cunho cultural ou em patrimônios históricos com 22%.
MERCADO - Outro ponto inovador da pesquisa feita pelo Ministério do Turismo é a averiguação de quais estado são os mais e os menos procurados pelos clientes das agências consultadas. O objetivo é contribuir, de forma antecipada, com as ações de promoção, bem como oferta de serviços das agências e destinos turísticos brasileiros. A pesquisa auxilia as empresas do setor de agenciamento de viagens a avaliarem nichos de mercados a serem melhor explorados.
Com esta sondagem, por exemplo, é possível identificar que os turistas das agências cariocas consultadas pela pesquisa não têm Rondônia como destino, enquanto o próprio Rio de Janeiro (16%) e Piauí (6%) são os estados mais demandados pelos viajantes. “Informações com essas mostram que a qualificação dos serviços turísticos, bem como o aumento da competitividade do setor de viagens traz benefícios principalmente aos turistas, com preços mais acessíveis e mais opções de ofertas em todos os destinos nacionais, além de ganhos de mercado para as agências”, destaca o ministro do Turismo.
O ESTUDO - A Pesquisa de Sondagem Empresarial das Agências e Organização de Viagens está em sua primeira edição e será realizada semestralmente pelo Ministério do Turismo. O estudo é uma expansão da sondagem já realizada com o setor hoteleiro e pretende avaliar a percepção de desempenho, no cenário atual e futuro, das agências e operadores turísticos, além de identificar o comportamento do consumidor sob a perspectiva dos empresários para os períodos de alta temporada.
Para o subsecretário de Inovação e Gestão do Conhecimento do Ministério do Turismo, Marcelo Garcia, área responsável pelo estudo, este novo nicho atua diretamente com o consumidor (potencial ou real) de viagens. “Além de informações sobre o desempenho da empresa, o setor de agências e operadores representa uma potencial fonte de informações sobre o comportamento de consumo do mercado doméstico, em especial para a projeção da demanda com informações sobre motivo de viagem, segmento turístico de interesse e principais destinos demandados”, destaca. Segundo o subsecretário, a ideia é aumentar cada vez mais o número de agências consultadas pela pesquisa.
Edição: Victor Alves