Recife comemora 482 anos!
Conheça atrativos turísticos, das praias à cultura, para celebrar mais de quatro séculos de história da capital pernambucana
Por Geraldo Gurgel
Vista do Recife Antigo. Foto: Bruno Lima/Banco de Imagens MTur Destinos
A comemoração dos 482 do Recife é simbólica. Isso porque não se sabe exatamente o dia da fundação da cidade. Mesmo assim, 12 de março de 1537 é declarado como data histórica da fundação do Recife, que teria surgido dois anos depois da vizinha Olinda, “cidade-irmã” que também aniversaria nesta terça-feira (12) e comemora 484 anos.
Não é feriado local, mas não faltam motivos para a celebração de mais uma grande festa pernambucana, uma semana após o carnaval, que é considerado um dos momentos festivos mais diversificados do país. Turistas que forem a Recife na semana do aniversário da cidade, aliás, não precisam “desapegar” do clima de carnaval: no Paço do Frevo, dedicado à difusão, pesquisa, lazer e formação nas áreas da dança e música do frevo, dá pra conhecer de perto a alma do carnaval pernambucano. O local é um dos espaços culturais mais visitados da capital.
Orquestras de frevo estão também na programação de aniversário da cidade, composta por ampla lista de eventos que vão até domingo (17) e incluem também passeios pelos atrativos turísticos, históricos e culturais da cidade. Na quarta-feira (13), por exemplo, o visitante poderá se integrar aos moradores e participar do passeio “Olha! Recife a Pé”. O walking tour vai explorar locais e temas relacionados a diversas épocas da história do Recife, incluindo o Brasil Holandês. À época, Recife era Mauritsstad (Cidade Maurícia ou Mauriceia), a “capital” da Nova Holanda durante a invasão holandesa (1630-1654). No roteiro, estão também a Rua do Bom Jesus, Capela Dourada, Sinagoga Kahal Zur Israel, Praça da República e Convento Franciscano.
No sábado (16), às 18h, o trajeto a pé vai percorrer atrativos que fazem parte do circuito do Centro Histórico da cidade. O roteiro conta histórias e lendas locais, com projeções e trilhas sonoras, reproduzidas nas paredes de cenários do passado e edificações do presente.
Ainda no Centro Histórico, o turista poderá conhecer o Cais do Sertão, museu interativo sobre a cultura nordestina localizado no antigo porto do Recife com exposições e objetos interativos. O espaço é considerado um dos mais modernos equipamentos culturais do país. Já uma visita ao Museu da Cidade do Recife, instalado no Forte das Cinco Pontas, leva o visitante a passear pelo acervo iconográfico que preserva e conta a história urbana e social do Recife desde a fundação da cidade.
No domingo (17), o Recife Antigo recebe a peça “O Boi Voador”. O espetáculo envolve o público na dramatização da época em que o governador holandês, Maurício de Nassau, fez "um boi voar", como estratégia para atrair público na inauguração de uma ponte. Ao entrar no bairro, entre prédios antigos e pontes históricas, os visitantes vão ser recepcionados por atores espalhados pelas ruas, usando figurino de época e interagindo com o público. A partir das 18h, as cenas da peça serão realizadas em 18 atrativos turísticos do bairro. A viagem no tempo revisita o Brasil Holandês na sacada de edifícios como o Centro Cultural Santander, Rio Branco, Caixa Cultural e o Marco Zero, cartão-postal do Recife, onde o boi voador vai aterrissar em meio à festa.
OLINDA - Para comemorar os 484 anos de Olinda, os turistas vão acompanhar um cortejo com agremiações carnavalescas, que sairá do Mercado da Ribeira, subindo as ladeiras da cidade histórica até a Praça do Carmo. Para completar o roteiro, os visitantes poderão ir até o Alto da Sé, onde fica a catedral e o mirante com visão panorâmica das cidades-irmãs. Juntas, Olinda e Recife somam mais de 100 bens considerados Patrimônio Cultural de Pernambuco ou do Brasil – entre eles, o bolo de rolo, o maracatu e o mamulengo (teatro de bonecos). Pelo seu conjunto arquitetônico e paisagístico, Olinda ainda ostenta o título da Unesco de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade. O Frevo pernambucano também é considerado patrimônio mundial da Unesco.
Edição: Vanessa Sampaio