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ECONOMIA

Para cada real gasto nos parques, outros R$ 7 movimentam as cidades vizinhas

Estudo do ICMBio revela benefícios gerados pelo turismo a comunidades de municípios que abrigam áreas preservadas

  • Publicado: Sexta, 28 de Dezembro de 2018, 12h01
  • Última atualização em Segunda, 07 de Janeiro de 2019, 10h46

Por André Martins

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Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT). Crédito: Embratur

A cada R$ 1 investido em unidades de conservação (UCs), R$ 7 retornam para a economia nacional. É o que aponta um estudo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que mensurou o impacto gerado pelo turismo nestes espaços durante o ano de 2017. Segundo o levantamento, a procura de visitantes por UCs gerou um total de R$ 905 milhões em impostos (nos níveis municipal, estadual e federal) e aproximadamente R$ 2,2 bilhões em renda às comunidades de acesso às UCs.

O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, avalia que os dados reforçam o poder destas áreas de contribuir para a ampliação do mercado de viagens e o desenvolvimento do país como um todo. “O aproveitamento destas unidades é importante para as pessoas que nas proximidades destes espaços e também para a imagem do Brasil como um país que aproveita o seu potencial natural, gerando riquezas e empregos, além de se empenhar pela preservação desses espaços naturais”, enfatiza.

As UCS brasileiras, que incluem parques nacionais, registraram alta de 20% no número de visitantes em 2017 na comparação com 2016, totalizando 10,7 milhões. Conforme o ICMBio, o número de unidades que monitoram a frequência de público também subiu no período, de 62 para 102. O estudo do Instituto aponta ainda que a procura por locais de preservação gerou R$ 3,1 bilhões em valor agregado ao PIB e R$ 8,6 bilhões em vendas, que envolvem ramos como alimentação e hospedagem.

O coordenador substituto de Concessões e Negócios do ICMBio, Thiago Beraldo, ressalta que parcerias com a iniciativa privada para a instalação de serviços de apoio à visitação em UCs vão dinamizar benefícios no segmento. “A concessão de serviços ordena a visitação e até mais coerente com a conservação, fazendo de forma sustentável. A gente está mostrando que é possível ter turismo e conservação juntos, gerando emprego e renda nas comunidades do entorno das UCs”, explica.

Inicialmente, o ICMBio planeja conceder serviços em sete parques nacionais. As unidades do Pau Brasil (BA) e da Chapada dos Veadeiros (GO) tiveram contratos de exploração assinados neste ano, e a do Itatiaia (RJ/MG) segue sob licitação. O próximo edital a ser publicado, no próximo ano, será o do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA). Outras quatro UCs já operam sob o regime no país: Foz do Iguaçu (PR), Tijuca e Serra dos Órgãos (RJ) e Fernando de Noronha (PE).

 

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