Quando o frio é o atrativo
No sul do Brasil, neve, frio e culinária europeia movimentam municípios turísticos da serra catarinense
Parque Nacional de São Joaquim. Crédito: ICMbio
Todo ano é assim. Vai chegando o inverno, que coincide com período de férias escolares, e a serra catarinense vira a bola da vez para turistas de Santa Catarina e também de outros estados do país. Mas quando a temperatura despenca e a neve dá o ar da graça, como aconteceu esta semana, a expectativa cresce e a ocupação hoteleira pode chegar a quase 100% nos municípios da região, segundo a Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures).
A rede hoteleira da região conta com 10 mil leitos, principalmente pequenas pousadas, distribuídos por 18 municípios. A maior concentração, não por acaso, se dá entre os municípios que têm a ocorrência de neve no histórico, como Urupema, Urubici, Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Lauro Müller e Lages.
O Morro das Torres, que tem uma das menores sensações térmicas da região, e a cascata que congela, ambos em Urupema, além do Morro da Pedra Furada, em Urubici, são atrativos imperdíveis na serra catarinense. À mesa, a tradição do café colonial, chocolates, fondue e outros atrativos da culinária europeia. A região recebe cerca de dois milhões de visitantes por ano, mais da metade concentrada no período de inverno, segundo a Amures.
ESTUDO - Pesquisa realizada em 2017, pela Fecomércio, mostrou que 99,4 dos turistas na região, nessa época do ano, são brasileiros e 0,6% estrangeiros. Para 69,6% dos viajantes a motivação foi o turismo de inverno e o valor médio de gasto com a viagem foi de R$ 1.236,10. O saldo foi tão positivo que 98,5% afirmaram que indicariam o passeio para parentes e amigos.