Florianópolis se prepara para receber navios de cruzeiro
Viagem de operação-teste poderá ser decisiva para retorno da capital de Santa Catariana na rota das próximas temporadas de navios de passageiros no Brasil
Por Geraldo Gurgel
Florianópolis (SC). Crédito: Embratur
O fim de semana em Florianópolis (SC) foi marcado pela chegada do MSC Preziosa, maior navio de cruzeiros da atual temporada na costa brasileira com 4.300 passageiros e 1.300 tripulantes. A operação foi um teste para incluir novamente a capital catarinense na rota das próximas temporadas de cruzeiros. O navio ancorou nas proximidades da praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha. Na solenidade de troca de placas com o comandante do navio, Giuseppe Galano (evento que marca a primeira chegada de um navio de cruzeiro a um destino), o Ministério do Turismo foi representado pelo presidente da Embratur, Vinícius Lummertz.
A volta de Florianópolis aos destinos brasileiros de navios de passageiros, depois de quase uma década sem receber navios, ainda depende de autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e conta com o apoio do Ministério do Turismo, da Embratur e de autoridades locais, bem como das empresas. Se confirmada, a novidade representará um importante impacto para a economia local. A pausa de dez horas do MSC Preziosa em Florianópolis, por exemplo, deixou R$ 1,8 milhão na economia local.
“Dados do setor mostram que os cruzeiros marítimos injetaram R$ 1,911 bilhão na economia brasileira na temporada 2015/2016, um montante expressivo que tende a crescer cada vez mais com a expansão deste segmento no Brasil e o Ministério do Turismo tem trabalhado juntamente ao setor para garantir que isso ocorra”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
Atualmente, Balneário Camboriú, Também em Santa Catarina, já recebe transatlânticos. Na atual temporada, que está terminando, o destino contou com 20 escalas e 81 mil passageiros. A estimativa é que esses turistas injetaram mais de R$ 40 milhões na economia local. O desembarque de passageiros gera o consumo de serviços turísticos como passeios, transportes terrestres, alimentação e bebidas, além da compra de presentes e lembrancinhas do destino.
“O Brasil precisa de uma política para o turismo, para que o setor que movimenta 52 áreas econômicas e gera milhares de empregos, seja alavanca do desenvolvimento do país nas próximas décadas”, defendeu o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz que também destacou o trabalho da Pasta e do Instituto para atrair mais visitantes estrangeiros ao Brasil e dinamizar o turismo interno com mais opções de viagens e destinos.