Os ritmos do Brasil
Estilos musicais e danças típicas mostram diversidade cultural e são alternativas para um roteiro turístico repleto de sons, história e tradições
Por Nayara Oliveira
Não vão faltar destinos para quem quer percorrer o mapa de um Brasil musical e folclórico. Antepassados de diferentes povos que viveram no país à época da colonização deixaram como herança danças e ritmos que se mesclaram e resultaram em um legado cultural que compõe a identidade do povo brasileiro e pode ser encontrado de norte a sul do país.
Além de despertar a vontade de dançar e conhecer um pouco mais sobre a história desses ritmos, o turismo que envolve a música é uma das formas de movimentar a economia, gerar empregos, trazer mais conhecimento aos cidadãos e manter as tradições brasileiras.
Nesse sentido, “dançar conforme a música” é sinônimo de vivenciar uma experiência positiva e inesquecível. Abaixo, estão alguns dos ritmos que embalam os festejos das regiões brasileiras e que esperam a visita dos turistas. É importante ressaltar que, além das danças e estilos musicais citados, existem outros para serem apreciados.
Depois de descobrir os encantos dos sons do Brasil, o turista pode acessar as redes sociais do MTur (Facebook, Instagram e Twitter) e contar como foi a experiência. Boa viagem!
Passista de Frevo. Crédito: Embratur
Nordeste - Quem viaja para um dos nove estados do Nordeste vai curtir uma mistura de ritmos tocados em festas, datas comemorativas e eventos. Comece a viagem musical ao som do Frevo, busque um parceiro (a) para encontrar o passo perfeito no Forró e depois aproveite para pular carnaval ao som do Axé. Tem mais! Que tal aprender sobre a história de Luiz Gonzaga no Cais do Sertão e se divertir ao som do seu Baião, além de se encantar com as características do Coco, Xaxado e tantos outros ritmos regionais? Em São Luís, os amantes do Reggae podem conhecer um pouco da história do estilo musical no primeiro museu do Reggae fora da Jamaica.
Festival do Boi em Parintins (AM). Crédito: Embratur
Norte - Vem dançar ou curtir as apresentações de Carimbó, Lundu, Congo, Bumba Meu Boi e Marujada! Nos sete estados do Norte, a cultura dos africanos, misturada com tradições indígenas e um toque de traços europeus, trouxe uma festa alegre, colorida e folclórica para quem visita a região. Saias rodadas, flores, palmas e sensualidade marcam alguns desses ritmos. Os instrumentos também fazem parte dos shows e mostram que essa mistura de tradições deu certo: do banjo ao clarinete, do tambor ao violino, as sonoridades dos ritmos do Norte são únicas e marcantes.
Apresentação de Cururu, em Corumbá (MS). Crédito: Gustavo Messina/ Mtur
Centro-Oeste - A diversidade dos quatro estados do Centro-Oeste vai agradar quem quer conhecer vários estilos. Por lá, o turista encontra letras românticas e de “sofrência” no Sertanejo, aproveita um bom show de Rock, e vive a tradição da viola e do sapateado, na Catira. Apresentações de cunho religioso também fazem parte da cultura do Centro-Oeste. Ao som do cocho, repentistas e dançarinos demonstram alegria e devoção com os ritmos Siriri e Cururu.
Samba. Crédito: Embratur
Sudeste - Um pouco mais abaixo do mapa, a região Sudeste traz para o turista ritmos mundialmente conhecidos e que marcaram gerações. É o caso do Samba, considerado traço da identidade brasileira, e da Bossa Nova, um dos movimentos mais influentes da música popular. Quem também tem colocado o país em destaque internacional é o Funk Carioca, apreciado principalmente pelas novas gerações. Outro ritmo difundido no Sudeste é o Jongo (ou Caxambu), que é considerado um dos precursores do samba e consiste em uma dança de roda entre casais.
Fandango ou Vaneira são ritmos dançados em pares. Crédito: Embratur
Sul - As tradições dos três estados do Sul não podem ficar de fora do roteiro quando o assunto é música. Apreciar um churrasco com chimarrão, assistindo ou dançando um Fandango, ritmo trazido pelos europeus, é requisito para quem quer conhecer a riqueza dos bailes dessa região. Experimentar os passos “dois para lá, dois para cá”, com diferentes níveis de dificuldade, da Vaneira, Vaneirinha ou Vaneirão, vai fazer com que o turista ganhe desenvoltura na hora da dança. Para finalizar, que tal desafiar uma oponente no sapateado com a ritmo Chula?