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Do anonimato ao sucesso

Líderes de projetos trocam experiências sobre estratégias de organização e viabilização comercial de roteiros turísticos de base comunitária
  • Publicado: Sexta, 28 de Mai de 2010, 09h27
  • Última atualização em Sexta, 28 de Mai de 2010, 10h22
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No princípio, eram 42 empreendimentos rurais da zona sul da capital gaúcha, listados num “pacote” de turismo rural. Sem a organização da ampla oferta, órfã de uma estratégia de comercialização, o roteiro era inviável para as agências de viagem. A coordenadora do projeto “Caminhos Rurais”, de Porto Alegre (RS), Aline Moraes Cunha, aponta que um dos entraves era o fato de “o turista não saber bem o que havia em cada um desses lugares”.

Foi então que a Cooperativa de Formação e Desenvolvimento do Produto Turístico (Coodestur) realizou um diagnóstico das condições de infraestrutura, serviços e atividades turísticas das propriedades rurais integrantes do roteiro. Neste processo, a entidade promoveu a qualificação de mão-de-obra, a estruturação da rede cooperada, um novo plano de marketing, hospedagem e gastronomia. Foram identificados, segundo a coordenadora, diversos segmentos turísticos dentro desse grupo: agroecológico, equestre, flores e plantas ornamentais, enoturismo, religioso, ecoturismo, além de atividades características dos roteiros de turismo pedagógico.

Com a segmentação, novas possibilidades de comercialização apareceram. “Vimos que a diversidade desses 42 empreendimentos nos dava a chance para montar roteiros focados no perfil e nos interesses de cada grupo”, explica Aline. Hoje, sete agências receptivas comercializam o roteiro em Porto Alegre. Há pelo menos 279 postos de emprego gerados por meio do projeto.

De norte a sul

O caso gaúcho é similar ao que aconteceu com experiência na Ilha do Marajó (PA). Segundo a diretora do projeto Viagem Encontrando Marajó (VEM), Maria Teresa Junqueira, o projeto quebrou a divisão que existia entre a realidade da comunidade e a visita dos turistas. “A proposta era promover uma sintonia entre eles”, conta a diretora. O negócio deu certo: em 2009, gerou R$ 16,8 mil para a comunidade.

O projeto VEM foi concebido pelos moradores da comunidade pesqueira do litoral paraense, em parceria com a Associação das Mulheres do Pesqueiro. A proposta é fortalecer a oferta de produtos e serviços de base comunitária na vila, estruturando a atividade turística cooperada e abrindo espaço para alternativas à pesca artesanal e ao extrativismo da andiroba e turu, principais geradores de emprego e renda na região. Contribui também para a valorização das tradições marajoaras e para a organização comunitária na gestão da atividade turística regional. Além de cozinharem pratos típicos da gastronomia local para servirem aos turistas e exercerem funções como as de “anfitriões”, que “apresentam” a comunidade aos turistas e contam lendas e histórias antigas sobre a vila, os moradores hospedam os visitantes em suas casas e os guiam em passeios pela região.

Conhecimento em turismo

A troca de conhecimentos sobre turismo de base comunitária (TBC) aconteceu na tarde desta quinta-feira (27), em mesa redonda no Núcleo de Conhecimento, durante o 5º Salão do Turismo, em São Paulo (SP). Os projetos apresentados estão entre os 43 executados no país com apoio do Ministério do Turismo (MTur), por meio da Chamada Pública de projetos de TBC. Conforme a coordenadora-geral de Projetos de Estruturação do Turismo em Áreas Priorizadas do MTur, Kátia Silva, “o papel do ministério é manter essas iniciativas, e tentar inseri-las no mercado. É uma forma de diversificar, com qualidade, a oferta turística do país”.

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