Planejamento e credibilidade para o controle de emergências
Ricardo Menezes, coordenador-geral da Diretoria de Marketing do Instituto Brasileira de Turismo – Embratur, também foi um dos participantes do painel que discutiu ferramentas para a gestão de crise no setor turístico, durante o Seminário das Américas, hoje (24), em Brasília (DF). Ele abordou o planejamento feito pela instituição quando o país se depara com uma situação de emergência, que pode afetar a atividade turística.
“Temos um constante monitoramento de notícias que é feito junto aos principais veículos de comunicação do exterior. É um instrumento eficaz para prevenção e gerenciamento de risco. A partir daí, fazemos a atualização de nosso planejamento de relações públicas, mantendo contato com jornalistas e instituições e construindo uma agenda com temas positivos para o setor”, afirmou.
Segundo ele, ainda que situações de risco como fenômenos meteorológicos e emergências de saúde e segurança não dependam diretamente do setor turístico, a instituição participa do debate sobre a solução dos problemas com outros órgãos governamentais.
“No caso das enchentes de Santa Catarina, por exemplo, elaboramos um plano para que jornalistas estrangeiros viessem ao país. Eles viram de perto que o problema já estava solucionado. Dessa forma, voltamos a ter aquilo que todo viajante busca quando escolhe sua viagem: credibilidade”.
Outro palestrante foi Ricardo Gondim, consultor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias –SNEA. Ele lembrou que as companhias vivem uma situação de risco potencial, mas que uma viagem de avião “só perde em segurança para o elevador”.
Gondim ressaltou o processo de crescimento da aviação nacional, que exige uma constante atualização do controle de riscos. “A mitigação do risco passa por três aspectos: tecnologia, treinamento e regulamentações. O gerenciamento é um processo que envolve também os reparos pós-crise, a assistência a todos os envolvidos. Ela sempre tem algo a nos ensinar, porque a experiência nos prepara para novas situações inesperadas”.