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Brasil é referência de prevenção à exploração sexual infantil

Governos africanos conhecem ações sustentáveis desenvolvidas pelo Ministério do Turismo no país. Crescimento no volume de recursos chama atenção
  • Publicado: Terça, 29 de Junho de 2010, 11h04
  • Última atualização em Terça, 29 de Junho de 2010, 11h57
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Cerca de 70 representantes de países da África Austral, como a África do Sul, Zimbábue e Zâmbia, conheceram nesta terça-feira (29) a experiência desenvolvida pelo Ministério do Turismo do Brasil (MTur) na prevenção dos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes. A apresentação aconteceu durante a conferência “Turismo – Amigo do Jovem e da Criança”, que termina amanhã (30) em Maputo, capital de Moçambique.

A coordenadora do Programa Turismo Sustentável e Infância (TSI) e representante do MTur, Elizabeth Bahia, apresentou os princípios, objetivos e principais resultados alcançados, desde a criação do projeto em 2005. O convite para a participação foi feito pelo Ministério do Turismo de Moçambique, que considera o TSI um modelo de sucesso na sensibilização do setor para a proteção da infância e da juventude.

Um dos temas que mais chamou a atenção dos participantes foi o crescimento do volume de recursos destinados ao TSI. Em 2005, foram R$ 200 mil, contra R$ 8,3 milhões neste ano. De acordo com a coordenadora, a expectativa é que, em 2011, esse valor triplique. “O governo brasileiro reconhece a importância dessas ações. Os resultados, como o aumento do número de denúncias, mostram que elas são eficazes”, destacou.

Para Elizabeth Bahia, o trabalho desenvolvido pelo governo do Brasil é completo, pois reúne iniciativas que vão desde a prevenção até o encaminhamento das denúncias e a punição dos criminosos. “O trabalho é muito bom, cada setor procura fazer a sua parte. Claro que pode – e precisa – melhorar; nosso país tem proporções continentais, mas está surtindo efeito. É por isso que os africanos quiseram conhecer a nossa experiência”.

Fora da África, o Brasil foi o único país convidado para a conferência. Segundo a Inspetora Superiora do Turismo em Moçambique, Virgínia Muinga, o país acaba de aderir ao Código Mundial de Ética no Turismo, do qual o Brasil também faz parte. “Nós já aprovamos uma lei que pune essa prática. O que precisamos agora é construir estratégias para sensibilizar o empresariado e a população a não aceitar esse crime e denunciar. Creio que essa troca de experiências vai nos ajudar e contribuir para a construção de políticas públicas”.

Para o ministro do Turismo de Moçambique, Fernando Sumbana, é dever de todos proteger as crianças de todas as formas de violência, garantindo direitos básicos como educação, saúde e lazer. “A exploração e o tráfico de pessoas não são problemas relacionados apenas ao turismo. Nós queremos dizer, com esse encontro, que nós do turismo não nos conformamos com essa situação”, afirmou.

Mais uma apresentação brasileira está prevista para amanhã (30). A coordenadora de projetos do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UNB), Elisângela Machado, fará uma explanação sobre o projeto de Prevenção à Exploração de Crianças e Adolescentes no Turismo, ação desenvolvida em parceria com o MTur.

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