Mochila nas costas e destino na cabeça
São Paulo (29/05) – Dar a volta ao mundo “a bordo” de uma mochila de 25kg soa como um “clássico” da cultura alternativa. Mas ao contrário do filme Easy Rider, de Dennis Hooper, que influenciou toda uma geração, mochileiros não são viajantes “sem destino”.
Daniel Thompson é turismólogo de profissão e entusiasta da descoberta. Planejou detalhadamente o sonho de visitar 27 países, conhecendo as então candidatas a ser uma das “sete maravilhas do mundo moderno”. Hospedou-se em albergues, viveu a cultura das comunidades por onde passou e garante que conquistou crescimento pessoal e profissional. “Hoje, o mochileiro que planeja seu roteiro aproveita muito mais da sua viagem. Eu me preparei, tomei vacinas, pesquisei informações relevantes, providenciei vistos, levei medicamentos”, contou o viajante em palestra na noite deste sábado (29) no Núcleo do Conhecimento do 5º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil.
Além da roupas, carregou 6 kg de equipamento de mão, suporte para a produção de um diário de viagem com imagem, conteúdo e principais relatos das experiências vividas em 80 mil km de percurso. O conhecimento nos idiomas inglês e espanhol foi um “facilitador”, ajudando a desvendar as belezas do caminho. Apesar de ter contratado seguro de viagem, não precisou dele.
Segundo Thompson, em suas andanças nada convencionais, os mochileiros acabam revelando destinos totalmente desconhecidos há cerca de 15 anos. “Um mochileiro tem independência para compor o seu próprio itinerário e busca atividades que o aproximem da cultura local, como provar o que as pessoas comem, fazer o que eles fazem, participar da sua vida por um momento”, compartilhou.