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Municípios brasileiros melhoram desempenho no turismo

Estudo de Competitividade dos 65 destinos mostra que, nos últimos dois anos, país evoluiu nos indicadores pesquisados com destaque para as capitais
  • Publicado: Terça, 08 de Dezembro de 2009, 22h25
  • Última atualização em Quarta, 09 de Dezembro de 2009, 04h27
  • Acessos: 750

Os municípios brasileiros estão mais bem estruturados para receber turistas no país, conforme aponta o Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional – Relatório Brasil 2009. O levantamento, feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Ministério do Turismo (MTur) e do SEBRAE Nacional, foi divulgado ontem (08), em Brasília, pelo ministro do Turismo, Luiz Barretto.

“Esse é um diagnóstico preciso, com metodologia de referência internacional, que ajudará a dar um salto no desenvolvimento do turismo brasileiro. Ao identificar as potencialidades e deficiências de cada destino, o estudo permite focar investimentos e estabelecer prioridades; algo fundamental em um país tão grande como o Brasil”, destacou o ministro. Para diretor técnico do SEBRAE Nacional, Luiz Carlos Barboza, “o estudo é uma régua, um bússola para orientar o rumo para onde devem persistir e serem investidos os esforços”.

As capitais apresentaram os melhores resultados na comparação com a pesquisa divulgada em 2008. Em uma escala de 1 a 5, que mede o desempenho da localidade em cada uma das 13 dimensões pesquisadas com notas de 0 a 100, as capitais saltaram do nível 3 para o 4 em 2009. Ou seja, atingiram “as condições adequadas para a atividade turística considerando o padrão mínimo de qualidade”. A média nacional e das “não capitais”, também evoluíram, mas mantiveram-se no nível 3 ou “em condição regularmente satisfatória”.

Para o professor da Fundação Getúlio Vargas, Luiz Gustavo Barbosa, em um ano, todas as cidades tiveram grande ganho e o Brasil também, mas ainda há muito a ser feito. “O país pode e tem que evoluir. Dentro do conceito de competitividade o destino compete com ele mesmo. A ideia do estudo é voltar a campo todos os anos. O desfio agora é que as cidades possam evoluir mais rápido, ano pós ano, para que durante Copa tenhamos um belo país a apresentar ao mundo”, concluiu.

Segundo Barretto, que possui um sistema online de monitoramento de cada um dos 65 destinos em seu gabinete, o estudo será repetido até 2014, criando-se, assim, uma série histórica de acompanhamento dos municípios. “Um retrato fiel que permitirá a projeção de ações nas diversas áreas do turismo como qualificação e infraestrutura e um importante instrumento de diálogo com outras instâncias do governo, uma vez que nem todas as intervenções são necessariamente do Turismo”, ressaltou.

Municípios de todas as regiões do país, incluindo as 27 capitais, apresentaram melhorias na maioria dos quesitos avaliados. Houve queda em Monitoramento e manutenção do mesmo indicador do ano passado em Aspectos Culturais, conforme tabela abaixo. As demais dimensões pesquisadas são: Infraesturura Geral, Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Atrativos Turísticos, Marketing e Promoção, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Economia Local, Capacidade Empresarial, Aspectos Sociais, e Aspectos Ambientais. Veja tabela abaixo.


Dimensões
Média
Brasil
Capitais
Não Capitais
2008
2009
2008
2009
2008
2009
Total Geral
52,1
54,0
59,5
61,9
46,9
48,4
Infraestrutura geral
63,8
64,6
70,5
71,3
58,1
58,9
Acesso
55,6
58,1
66,9
69,9
47,5
49,7
Serviços e equipamentos turísticos
44,8
46,8
56,8
59,4
36,3
37,9
Atrativos turísticos
58,2
59,5
56,6
58,5
59,3
60,2
Marketing e promoção do destino
38,2
41,1
46,3
47,5
32,4
36,5
Políticas públicas
50,8
53,7
55,7
58,7
47,3
50,2
Cooperação regional
44,1
48,1
42,9
47,1
45,0
48,8
Monitoramento
35,4
34,5
42,1
41,8
30,6
29,4
Economia local
56,6
57,1
64,7
67,6
50,9
49,6
Capacidade empresarial
51,3
55,7
72,1
78,1
36,6
39,8
Aspectos sociais
57,2
57,4
62,3
63,1
53,5
53,4
Aspectos ambientais
58,9
61,8
63,8
67,0
55,5
58,1
Aspectos culturais
54,6
54,6
61,4
63,0
49,8
48,7
Fonte: FGV/Mtur/SEBRAE, 2009.

O relatório 2009 é o segundo da série iniciada em 2007. Resulta da pesquisa de campo realizada pela FGV entre abril e outubro deste ano, quando os pesquisadores refizeram o caminho percorrido há dois anos.

O primeiro levantamento foi divulgado no ano passado, com dados apurados no final de 2007 e início de 2008. O documento representa o marco zero para medição do índice da competitividade dos 65 destinos.

O secretário Nacional de Políticas de Turismo, Airton Pereira, explicou que a ideia do estudo de competitividade surgiu da ausência de indicadores sobre desenvolvimento e evolução do turismo nos municípios. “Quando o ministério foi criado, em 2003, sentíamos falta de um indicador que pudesse medir nosso trabalho e esforço de estruturação do turismo no Brasil. Tínhamos indicadores externos como receita, desembarques domésticos e empregos, que balizavam nossas ações, mas nenhum que medisse a evolução dos destinos turísticos”, explicou.

Segundo Pereira, o ministério disponibilizará a cada cidade uma ferramenta de acompanhamento online de sua evolução. A ferramenta disponibilizará uma lista de fontes de financiamento do governo federal e o passo a passo para conseguir os recursos, quando identificado um problema no desenvolvimento do turismo em determinado destino. Durante a apresentação dos resultados do Relatório Brasil 2009, Pereira fez, ainda, um apelo aos prefeitos e secretários de turismo a se apoderarem do estudo como importante instrumento de planejamento e acompanhamento das ações.

No final do evento, os destinos mais bem estruturados foram premiados. O destaque ficou para São Paulo (SP), entre as capitais, e Foz do Iguaçu (PR) entre as não capitais. Confira aqui os premiados .

Participaram da solenidade o presidente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados, Afonso Hamm; o vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, César Borges; a presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais do Turismo, Nilde Brun; o presidente do SEBRAE Nacional, Paulo Okamotto; o senador Garibaldi Alves; prefeitos, secretários, deputados e empresários do setor. 

 CLIQUE AQUI para acessar o conteúdo na íntegra do estudo de competitividade.

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