Seringal urbano é atração turística no Acre
O seringal Capitão Cirico ocupa uma área de 4,2 hectares, tem 400 seringueiras e produz 15 litros de látex por dia. Mesmo com características comuns aos vários seringais espalhados pelo estado do Acre, um detalhe o torna completamente diferente dos demais: o fato de estar localizado no coração de um centro urbano com mais de 300 mil habitantes.
O seringal, impregnado das histórias dos homens que rumaram do Nordeste para explorar borracha no Acre no final do século 19, é uma das atrações turísticas da capital Rio Branco. E mais que isso, representa a preservação da memória de uma atividade extrativista cujos métodos tradicionais de exploração caminham para a extinção.
“Hoje, vemos netos de seringueiros que nunca entraram na floresta. Aqui no parque é feito todo o processo”, conta o presidente da Fundação Municipal de Cultura e administrador do espaço, Marcos Vinicius Neves. Por isso, seu Aldenor, um mestre seringueiro, contratado pelo governo para tocar o seringal urbano, faz o serviço completo: corta a seringueira; retira o látex; o defuma em uma fogueira e produz as “pélas”, bolas de borracha distribuídas para exposição em escolas, museus e outros centros culturais do estado.
O seringal, com suas casas de madeira colorida, foi transformado em Parque Municipal em 1996. Junto com a fábrica de bolas de futebol ecológica, produzidas com couro vegetal, e da indústria de preservativos masculinos, que usa o látex como matéria prima, forma um conjunto de projetos importantes para a preservação da história do Acre e do Brasil, que vale a pena o turista conhecer.
Rio Branco é um dos 65 destinos indutores do desenvolvimento regional, priorizados pelo Ministério do Turismo em seus programas e projetos. Esses municípios estão sendo preparados para atingir padrão internacional de qualidade, de acordo com meta do Plano Nacional de Turismo (PNT). De 2003 a 2008, o MTur aplicou R$ 6,8 milhões em projetos de infraestrutura e qualificação profissional em todo o Acre.