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Consenso e articulação marcam encontro na Bahia

A matriz de classificação dos resorts esteve em discussão em Salvador, no começo desta semana. Próxima reunião será em Cuiabá (MT), no fim do mês
  • Publicado: Segunda, 22 de Março de 2010, 23h18
  • Última atualização em Terça, 23 de Março de 2010, 11h07
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Representantes do Ministério do Turismo (MTur), Secretaria de Turismo da Bahia, associações, sindicatos e do trade turístico estiveram reunidos nesta segunda (22) e terça-feira (23) em Salvador (BA), para construir a nova matriz de classificação dos resorts. Depois de consolidado, o trabalho estará no site www.turismo.gov.br para consulta pública. O processo de classificação é voluntário, mas essencial para que turistas possam viajar sabendo, claramente, o tipo de hotel em que se hospedarão.

Os hotéis foram divididos em oito segmentos (urbano, fazenda, de selva, resort, flat, pousada, histórico e cama e café) e a classificação será em estrelas – simbologia utilizada internacionalmente. Hotéis que não estejam inseridos no processo de classificação não poderão usar qualquer símbolo que remeta às estrelas. A matriz para hotéis urbanos já está no site para consulta.

O próximo encontro será em Cuiabá (MT), dias 30 e 31 próximos, quando se discutirão os requisitos eletivos e mandatórios para classificar os hotéis fazenda.

Tendência internacional – Na mesa de abertura do encontro, na noite de ontem, Silvânia Capanema, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) de Minas Gerais, representando a ABIH nacional, declarou que é necessário deixar o passado e seguir em frente. “A classificação é uma tendência internacional. A própria União Européia está trabalhando em uma matriz única.”

Silvânia afirma que sua posição é de conciliação e articulação dentro da ABIH e outras entidades para chegar a um consenso. Entende que há a necessidade de fazer uma classificação, principalmente com a proximidade da Copa: “É a hora e vez de mostrar para o mundo que temos uma boa hotelaria”. E acrescentou que entendeu que a classificação não é obrigatória. “Não pode cercear os hoteleiros aos processos licitatórios ou ao acesso ao crédito. A norma tem que ser clara e transparente.”

Segundo o presidente do Conselho Baiano de Turismo, Silvio Pessoa, o tema da classificação é muito polêmico. “Mas agora está claro que haverá consulta a todos. Estão todos mais tranqüilos.”

Leonardo Machado, do Inmetro, instituto parceiro do Ministério do Turismo no desenvolvimento do sistema de classificação hoteleira, lembrou que trabalha com a confiança da população. “Nosso know-how é conferir se os requisitos estabelecidos em normas estão sendo cumpridos”. Também tratou da importância da capilaridade dos Institutos de Pesos e Medidas (Ipem) nos estados, que atuarão orientados pelo Inmetro na hora de avaliar e auditar os hotéis brasileiros. Além dos Ipems, auditores acreditados realizarão as avaliações.

Presente ao evento, o Secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, decidiu polemizar. Leonelli destacou a participação democrática de todos, mas defendeu a obrigatoriedade da classificação. “Sou a favor de uma espécie de coerção democrática para que a classificação seja aceita. Uma classificação que não seja obrigatória corre o risco de não ser eficiente”.

De acordo com Ricardo Moesch, diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento turístico do MTur, no entanto, a obrigatoriedade foi revista em vários países do mundo. A construção coletiva das matrizes, diz ele, é que pode garantir o interesse dos empresários para que manifestem o desejo de serem classificados.

“A fiscalização se dará pelas secretarias de Turismo, que serão capacitadas. Para isso, o ministério assinou convênio e vai equipar as secretarias e capacitar os servidores. O processo será supervisionado por entidades representativas do setor”, esclareceu Moesch.
 

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