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Debate sobre exploração sexual infantil mobiliza Teresina

Objetivo é chamar a atenção de gestores, educadores, assistentes sociais e a sociedade civil e engajá-los no combate ao crime sexual de crianças e adolescentes
  • Publicado: Sexta, 10 de Outubro de 2014, 12h44
  • Última atualização em Sexta, 10 de Outubro de 2014, 12h43
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Deborah de Salles

A capital do Piauí, Teresina, recebeu nesta sexta-feira (10), a palestra sobre a prevenção e o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. O evento foi realizado no auditório da Federação das Indústrias do estado e pelo menos 60 pessoas participaram das discussões promovidas pelo Ministério do Turismo em parceria com os Ministério da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Conselho Nacional do SESI. O objetivo é mobilizar gestores, educadores, assistentes sociais e membros da sociedade civil e utilizar estratégias que ajudem a combater o crime no país, através do Disque 100, principal meio de denúncia.

Em todo o estado do Piauí, no período de janeiro e setembro de 2014, foram registradas 65 denúncias de exploração sexual infantil. Nos últimos quatro anos, o número chega a 463 ocorrências, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos.

Durante a palestra, o coordenador geral de Proteção à Infância do Ministério do Turismo, Adelino Neto, falou que a rede de exploração de crianças e adolescentes é um processo cruel classificado como crime hediondo. “Retirar esses meninos e meninas das sombras da violência é garantir que seus direitos sejam cumpridos, um dever que tem sido assumido por alguns órgãos de governo e também pelo Ministério do Turismo”, afirmou. 

O Pronatec Turismo e o Vira Vida do SESI são projetos que atuam em conjunto, resgatando jovens em condições de risco proporcionando uma formação e inclusão no mercado de trabalho.  Segundo a coordenadora do Pronatec Turismo, Alessandra Oliveira, esse acordo é uma oportunidade de ressocialização àqueles que sofreram qualquer tipo de violência. “Também incentivamos os empresários a contratá-los para atuar no mercado de turismo”,  garantiu.

Desde o início do ano já foram realizadas palestras em 14 capitais do país. A ideia do MTur é reforçar uma rede de proteção para mobilizar representantes que lidam com o setor do turismo. No turismo, a exploração sexual envolve, além de crianças, dinheiro e áreas relacionadas ao setor, como a rede de taxis, hotéis, aeroportos e restaurantes.  Geralmente motoristas de taxis presenciam cenas de exploração; garçons ganham gorjeta para indicar as vítimas; agentes de viagem e representantes da rede hoteleira facilitam os encontros da vítima com o explorador.

O Brasil ocupa hoje o primeiro lugar em exploração sexual de crianças e adolescentes da América Latina. Cerca de 500 mil crianças são vítimas da indústria sexual por ano. A cada três horas, três crianças brasileiras são abusadas sexualmente e as principais vítimas são meninas e meninos de baixa renda e baixa escolaridade. De acordo com a Secretaria de Diretos Humanos, os exploradores, em geral, são homens entre 25 a 40 anos, de classe média e desacompanhados. Em relação aos exploradores estrangeiros predominam os italianos, os portugueses, holandeses e norte-americanos.

Além do disque denúncia, a ocorrência pode vir pelos celulares, por meio de um aplicativo com o nome Proteja Brasil, desenvolvido pela Unicef e pelo governo brasileiro. A ferramenta auxilia os usuários a identificarem e denunciarem violações de direitos contra crianças e adolescentes - e podem ser baixados pelo Google Play e pela Apple Store.

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