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Laboratório de cidadania a céu aberto

Em Brasília, projeto de turismo cívico promove a pátria e os valores éticos, e desperta alunos do ensino médio para a construção de um pensamento político e social
  • Publicado: Sábado, 29 de Mai de 2010, 02h17
  • Última atualização em Sábado, 29 de Mai de 2010, 14h12
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São Paulo (29/05) – O turismo pode ser uma ferramenta educacional? É o que pretende um projeto do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB), que tem como público alvo 8 milhões de alunos do ensino médio do Distrito Federal. A experiência foi apresentada na manhã deste sábado (29) no Núcleo do Conhecimento do 5º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil.

O programa “Turismo Cívico Pedagógico” tem o objetivo de fortalecer sentimento de valor pela nação, despertar o interesse por conhecer a administração federal do país, e promover valores como justiça, democracia e sentimento de brasilidade. Segundo a coordenadora do Núcleo de Turismo e Sustentabilidade do CET/UnB, doutora Iara Lúcia Brasileiro, a capital do país tem muito a oferecer neste segmento. “É uma verdadeira síntese do povo brasileiro, tem expressividade arquitetônica e ainda é o centro das decisões nacionais que interferem diretamente na vida dos cidadãos. É quase como artista de televisão, que a gente acha que não são pessoas “de verdade”. Então buscamos trabalhar em cima desse imaginário”, ilustrou a professora.

 Brasília abriga mais de 100 representações diplomáticas e delegações de organismos internacionais. É a sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Possui todas as credenciais para o trabalho integrado entre educação, cidadania e turismo: “o turismo, por nos dar a possibilidade dessas vivências, reúne elementos complementares da educação e proporciona conhecimento sobre bens materiais e imateriais”, disse a coordenadora.

O projeto-piloto do programa foi desenvolvido com estudantes de ensino médio de duas escolas suíço-brasileiras do Rio de Janeiro e do Paraná. Os roteiros incluíam aspectos histórico-culturais, como visitas ao Lago Paranoá e ao Parque da Cidade, além de passeios para conhecer instituições e monumentos – Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Memorial Juscelino Kubitschek e Palácio do Planalto –, o que incluía palestras sobre o funcionamento da democracia moderna. “Nada mais adequado para aprender a conviver com as diferenças que o turismo. Isso é incluir o outro, é inclusão social”, definiu Iara Lúcia.

 Segmentação e inovação

Ainda na mesa de debates sobre “Segmentação do turismo: experiências, tendências e inovações”, Roberta Severino de Miranda apresentou estudo acadêmico com mapeamento de projetos de associações, governos e entidades de classe executados ou em execução, com o objetivo de promover o turismo na capital goiana. O trabalho propôs, também, uma série de iniciativas que poderiam influenciar no aumento da permanência do turista na cidade.

 Na palestra “Goiânia mais um dia: possibilidades para o prolongamento da atividade turística”, Miranda apresentou dados da infraestrutura turística da cidade. A capital goiana tem 6 mil unidades habitacionais e e 13 mil leitos de hospedagem, além de um centro de convenções com capacidade para 10 mil pessoas. Até 2011, quatro novos hotéis devem ser inaugurados em Goiânia.

 Humberto Fois Braga, na palestra “Turismo industrial: a visita de empresa como estratégia de desenvolvimento territorial e organizacional”, analisou como os produtos empresariais dialogam com o turismo. “Dias de portas abertas” são ocasiões em que os empreendimentos se abrem para receber o seu público. Majoritariamente micro e pequenas empresas promovem esse tipo de iniciativa. Nessa modalidade de turismo, a empresa se transforma em um “destino”, os clientes são os “turistas” e os funcionários viram “guias de turismo”, orientando a visita. “A gente tem esse hábito de trazer o souvenir, com selo de procedência que dá autenticidade e garantia de origem daquele produto. A cultura passa pelo que se produz naquele local. Por isso associamos, por exemplo, países e estados ao que eles produzem. E a visita a uma empresa é uma oportunidade de conhecer os bastidores de produção”, explicou Fois Braga.
 

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