Transparência e objetividade marcam discussão sobre classificação hoteleira em Ouro Preto
Representantes de órgãos governamentais, empresários e entidades do setor, que estão reunidos em Ouro Preto (MG), hoje (15) e sexta-feira (16), para participar da oficina do Novo Sistema de Classificação dos Meios de Hospedagem, destacam a transparência e a objetividade como principais marcas do sistema de classificação brasileiro.
O modelo proposto pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e a Sociedade Brasileira de Metrologia, visa definir aspectos físicos, recursos e serviços mínimos para que um empreendimento se enquadre em uma das oito categorias de meios de hospedagem propostas.
O evento na cidade mineira, quinto de uma série de oito oficinas, é focado na definição da matriz de Hotel Histórico e reúne cerca de 30 representantes de entidades ligadas ao segmento.
“Agora é uma boa hora para dar transparência, ser honesto com o turista. Muitas vezes, o turista olha uma foto na internet, que não condiz com a realidade”, ressaltou a empresária do setor, em Olinda (PE), Maria das Graças Didier. A idéia é, ao implementar a classificação, que será em estrelas, evitar problemas como o exposto por Didier.
O novo sistema definirá critérios mínimos, obrigatórios e não obrigatórios, sendo que os últimos deverão ser cumpridos em 30%, para que o empreendimento se enquadre em determinada matriz. Isso permitirá ajustar os recursos e serviços oferecidos pelo empreendimento hoteleiro às expectativas dos turistas.
Sem subjetividade – Durante a oficina, a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) de Minas Gerais, Silvania Capanema, destacou que o sistema proposto é muito melhor que o anterior. “Esse é um sistema muito mais simples e sem subjetividade. O empreendimento tem ou não tem determinado requisito para se enquadrar em determinada categoria e ter uma, duas, três, quatro ou cinco estrelas.”
O secretário municipal de Turismo de João Pessoa, Elzério Pereira Júnior, destacou, ainda, durante a oficina, que hoje o setor conta com a capacidade técnica do MTur para pensar o planejamento do turismo no país, e citou a classificação proposta como exemplo.
A nova classificação propõe a avaliação por requisitos, ou seja, tem ou não tem determinado recurso ou serviço. A adesão será voluntária. O empresário interessado deverá solicitar a classificação na categoria desejada. Após a solicitação, será realizada análise de documentação e inspeção física do empreendimento por técnico qualificado por órgão competente. Se o empreendimento cumprir as exigências, terá o registro homologado na categoria solicitada.
O registro terá validade de três anos, período no qual será feita nova inspeção. No caso dos empreendimentos classificados em quatro ou cinco estrelas, a proposta é realizar, ainda, inspeção por “cliente oculto” – cliente que avaliará os serviços do empreendimento sem conhecimento do proprietário.
Além da matriz de Hotel Histórico, o sistema de classificação propõe: Hotel Urbano, Resort, Hotel Fazenda, Cama & Café, Pousada, Flat e Hotel de Floresta.