Turismo e cultura em pauta
Construir políticas para o desenvolvimento econômico das cidades históricas por meio da atividade turística. Para debater o assunto, o Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Secretaria de Turismo de Pirenópolis (GO), promoveu, no período de 8 a 10 de julho, no município goiano, o II Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas. O evento reuniu representantes de 28 cidades históricas de todo país, governo, iniciativa privada e sociedade civil organizada para debater estratégias de ações conjuntas entre turismo e cultura.
“O MTur propõe ações comuns para todas as cidades que desenvolvem a atividade econômica do turismo dentro de sítios históricos. Durante os encontros, são elaboradas premissas para que as políticas públicas possam ser planejadas”, destaca o diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do MTur, Ricardo Moesch.
Durante o encontro, foram discutidas ações como o PAC das cidades históricas; direitos do consumidor, classificação hoteleira e programas de qualificação para a Copa de 2014. Os entraves e a necessidade de políticas específicas para o desenvolvimento do turismo em cidades históricas também foi pauta do encontro. “Como as cidades históricas tem várias construções antigas, tombadas, elas tem limitações do ponto de vista de reforma e restauro. A acessibilidade, por exemplo, é um deles”, explica a secretária de Turismo de Santos (SP), Wânia Seixas.
Por meio do PAC das Cidades Históricas, o MTur investiu R$ 30 milhões em obras de infraestrutura turística nos municípios de Pirenópolis (GO), Belém (PA), Salvador (BA), Recife (PE) e Areia (PB). Segundo o diretor do Departamento de Infraestrutura do MTur, Roberto Bortolotto, “o objetivo é dar condições para que o turista chegue a uma cidade e possa usufruir o que ela tem de turístico e histórico”.
Para o assessor da presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Robson Almeida, a ideia é melhorar a qualidade de vida das cidades históricas. “Com o PAC, estão sendo realizadas ações de saneamento, infraestrutura urbana e requalificação do espaço público”, detalha.
Na primeira edição do encontro, realizada em 2009, diagnósticos e propostas como a necessidade de qualificação profissional, investimentos para a recuperação de patrimônio histórico e cultural e inserção das populações locais no mercado do turismo foram reunidas na Carta de Paranaguá.
Já nesta segunda edição do encontro, os participantes indicaram a necessidade de se desenvolverem ações integradas voltadas para o crescimento da atividade turística, com base na preservação, sustentabilidade, colaboração entre os destinos e inclusão da sociedade civil nos assuntos relativos ao desenvolvimento turístico.
O próximo Encontro das Cidades Históricas e Turísticas está previsto para novembro deste ano e será realizado em Santos (SP).