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O caminho do progresso

Estudo detalha ritmo de crescimento do turismo em 50 destinos brasileiros
  • Publicado: Quinta, 21 de Outubro de 2010, 12h00
  • Última atualização em Quinta, 21 de Outubro de 2010, 13h06
  • Acessos: 762
Abav 2010

Autor:Foto: Adriana Lorete

Estudo de Competitividade: Daniela Bittencout, da IMB

Abav 2010

Autor:Foto: Adriana Lorete

Luiz Gustavo Barbosa (FGV), em apresentação do relatório de competitividade dos destinos turisticos

Abav 2010

Autor:Foto: Adriana Lorete

Ministro Luiz Barretto entrega relatório de competitividade ao prefeito de Arraial do Cabo, Wanderson Brito

Rio de Janeiro (21/10/10) – Como cresce a capacidade dos destinos turísticos de gerar negócios de forma sustentável? Foi o que investigou o novo Estudo de Competitividade realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Ministério do Turismo (MTur) e do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Os resultados foram entregues na manhã desta quinta-feira (21), durante a Feira das Américas – Abav 2010, a gestores públicos dos 50 municípios brasileiros pesquisados.

 

O estudo apresenta a evolução dos municípios em 60 variáveis de 13 quesitos mapeados. Segundo o ministro do Turismo, Luiz Barretto, “a pesquisa fornece um retrato detalhado do setor, possibilitando uma intervenção planejada em um grupo de destinos muito importantes para a atividade econômica do turismo no Brasil”, avaliou.

 

Para Barretto, é muito difícil superar desafios de um setor que se desenvolve a passos largos sem um diagnóstico preciso que aponte metas e necessidades de cada destino. O levantamento pode ser utilizado como dispositivo de planejamento de ações nos destinos. “Ele ajuda a traçar metas, na medida em que promove o conhecimento sobre o andamento das políticas públicas do setor. É possível medir a velocidade que caminha o município para enfrentar os seus problemas e potencializar o que pode oferecer de positivo”, defendeu.

 

A coordenadora geral de Regionalização do Ministério do Turismo, Ana Clévia Guerreiro, recomendou aos agentes públicos que dediquem à atividade turística o esforço e o investimento necessário para transformar a realidade dos municípios brasileiros. “Eu diria que o desafio começa agora: com o estudo na mão e muita garra para avançar”, convocou Ana Clévia.

 

O processo de avaliação desses destinos tem se revelado uma ferramenta eficaz e indutora de comportamento competitivo, segundo Dival Schmidt, coordenador de Turismo do Sebrae. “Esse recurso tem indicado caminhos para desenvolver projetos e ações e também assegura o planejamento e a gestão de recursos para atendimento das demandas em diferentes localidades do Brasil. Torna possível a avaliação de diferentes índices de desempenho, dos produtos que estão no mercado, dos atrativos e do conjunto de empresas que operam no turismo”, explicou.

 

MÉTODO

O estudo é realizado desde 2007. Até agora, 140 municípios brasileiros foram avaliados. As equipes já acumulam 450 dias de pesquisa de campo em todo o país. De acordo com o professor Luiz Gustavo Barbosa, da FGV, no estudo o conceito de competitividade é diferente de competição. “Não se trata de um município ser melhor do que o outro, mas sim de ele conseguir, ano após ano, ser melhor que ele mesmo e proporcionar ao turista uma experiência positiva”, explicou Barbosa.

 

A proposta é que os resultados da pesquisa ampliem a capacidade de planejamento e gestão dos destinos. “Queremos que os destinos melhorem suas avaliações. O trabalho é um instrumento de conhecimento sobre os pontos fortes e fracos de cada destino. Só se consegue administrar bem o que se pode medir”, analisou o professor.

 

Para o secretário de Turismo de Blumenau (SC), José Eduardo Almeida, o estudo mostra a preocupação do Ministério do Turismo em conhecer como se desenvolve o setor no país. “Temos uma grande dificuldade em quantificar os resultados da atividade turística no Brasil. Agora, com esse diagnóstico, poderemos definir ações para corrigir deficiências do setor no município”, comemorou.

 

O estudo também estimula a profissionalização do setor, que é uma das metas do Ministério do Turismo. Para Nilo Félix, presidente da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (TurisRio), “hoje não adianta visitar aquela bela igreja ou aquela linda cachoeira se não houver equipamentos turísticos qualificados e uma cidade preparada para receber esse turista. Então, esse é o caminho: ter um foco de investimentos nesses destinos”.

 

Segundo o ministro Luiz Barretto, a pasta estuda a ampliação da lista dos 65 destinos indutores do MTur. “Claro que isso não é um processo simples, mas a preparação desses 50 destinos indica que eles querem melhorar a qualidade da sua indústria turística: produtos que façam o turista permanecer mais tempo no destino, hotéis qualificados, bom atendimento em bares e restaurantes, roteiros integrados, produtos diferenciados”, afirmou. Barretto disse ainda que pensar um projeto de futuro para o Brasil não e possível de uma hora pra outra. “Vamos perseguir o desenvolvimento com seriedade e buscar um turismo mais competitivo”.

VEJA OS DESTINOS QUE RECEBERAM OS RESULTADOS

AC: Cruzeiro do Sul
AL: Marechal Deodoro e Piranhas
BA: Cairú e Itacaré
BA: Paulo Afonso
CE: Beberibe e Trairi
ES: Domingos Martins
GO: Cidade de Goiás e Rio Quente
MA: Carolina
PA: Soure
PB: Campina Grande
PE: Olinda e Petrolina
PR: Ponta Grossa
RJ: Arraial do Cabo, Cabo Frio Itatiaia, Niterói, Nova Friburgo, Resende, Teresópolis, Valença e Vassouras
RN: Mossoró
RS: Pelotas e São Miguel das Missões
SC: Blumenau, Chapecó, Joinville e Laguna
SE: Canindé de São Francisco
 
AS 13 DIMENSÕES PESQUISADAS
Infraestrutura Geral
Acesso
Serviços e equipamentos turísticos
Atrativos turísticos
Marketing e promoção do destino
Políticas públicas
Cooperação regional

Monitoramento

Economia local

Capacidade empresarial

Aspectos sociais

Aspectos ambientais

Aspectos culturais

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