Do aumento do PIB aos ganhos intangíveis
Os números de uma Copa do Mundo são sempre volumosos e desafiadores. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em países que sediaram o Mundial dá a dimensão do que representa o negócio do futebol. Em 2002, por exemplo, na Copa da Coréia do Sul e Japão, o aumento chegou a 3,2% nos dois anos subseqüentes ao evento. A média mundial varia de 2 a 2,5%.
Por outro lado, há os benefícios intangíveis que os indicadores são incapazes de mensurar. Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris, estima que os jogos criem um reforço da autoestima nacional e do sentimento de brasilidade, o que impacta o setor turístico no curto, médio e longo prazo.
“A questão do bem-estar, o contato com vários povos e o voluntariado somam um retorno muito positivo, ainda não totalmente conhecido, que podem gerar um efeito cascata. Isso representa um importante fortalecimento da marca Brasil”, analisou. Mais de 50 setores impactados direta ou indiretamente pelo turismo serão favorecidos pela nova imagem do Brasil pós-Copa. A difusão de marcas e a sensibilização dos mercados também se tornam mais promissoras.
A cidade de São Paulo oferta, hoje, cerca de 42 mil leitos de hospedagem, e até 2014 pretende ampliar esse número para 50 mil, segundo o presidente da SPTuris. A capital paulista possui uma das maiores redes de entretenimento da América Latina, que gera renda, empregos, aumenta a taxa de ocupação do setor hoteleiro e movimenta os 32 mil táxis em circulação na capital.
SEMINÁRIO EM SÃO PAULO
Esses e outros assuntos são destaques da pauta do Seminário Internacional de Futebol – Copa do Mundo 2014 no Brasil. A programação é aberta ao público e se estende até esta quinta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Organizado pela Comissão de Esporte e Turismo da ALESP, o evento tem o apoio dos ministérios do Turismo e do Esporte.