Selo de qualidade e classificação hoteleira em debate
- “É como se o selo de qualidade fosse o software, e a classificação, o hardware.” Com essa analogia, o consultor em Turismo, José Augusto Abreu, ilustra a diferença entre o selo de qualidade e a classificação hoteleira, processos que estão sendo implantados pelo Ministério do Turismo (MTur), para a qualificação dos produtos, equipamentos e serviços turísticos brasileiros.
“O selo requer atendimento a requisitos mínimos estabelecidos para a prestação de serviços. Por outro lado, a classificação enquadra o empreendimento numa tipologia previamente estabelecida, com foco nos aspectos físicos” esclareceu Abreu, em palestra no Seminário Qualidade no Turismo (Qualtur 2010), promovido pelo MTur, no Rio de Janeiro (RJ), nesta terça-feira (07).
No âmbito do Programa de Qualificação dos Equipamentos e Serviços Turísticos, um dos macroprogramas do Plano Nacional de Turismo (PNT), o MTur trabalha, no momento, para implantar o selo e na construção de matrizes de classificação dos meios de hospedagem. “O Brasil está seguindo uma tendência mundial de aumentar a competitividade do turismo, qualificando seus produtos”, afirma o diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Ricardo Moesch, citando exemplos como a Espanha e o Chile, países que enviaram representantes para fazer palestras no Qualtur.
O Selo de Qualidade Nacional de Turismo, criado em 2007 pela Lei 11.637, será concedido aos prestadores de serviços, empreendimentos e produtos turísticos que cumprirem requisitos de melhoria de qualidade estabelecidos pela legislação. A classificação vai enquadrar os alojamentos em categorias identificada com estrelas (de uma a cinco).