Um novo passeio pelo Rio de Janeiro
No início do século passado, em 1910, quando foi finalizada a construção do porto do Rio de Janeiro, a Baía de Guanabara e as construções imponentes do Centro da cidade representavam o rápido avanço do comércio e da indústria na cidade. Nas décadas seguintes, a degradação foi ganhando espaço. Agora, a revitalização atende por um nome: cultura.
Nesta terça-feira (1), a prefeitura do Rio e a Fundação Roberto Marinho lançaram a pedra fundamental do Museu de Arte do Rio – MAR, que será localizado na Praça Mauá. Apresentaram vídeos, murais e informativos sobre o projeto, que terá investimento de R$ 43 milhões e deve ser entregue à cidade no início de 2012.
O ministro do Turismo, Luiz Barretto, prestigiou a cerimônia e voltou a elogiar a parceria entre turismo e cultura que vem norteado o trabalho da prefeitura e governo do estado. “É uma diversificação de produtos, que atende tanto os moradores como os visitantes. O Rio está mudando e mudando para melhor. A praia continua com o tradicional apelo, mas já temos cada vez mais espaços para outros tipos de turismo, como o cultural, que ganhará um grande impulso com o Museu de Arte”, afirmou.
O prefeito Eduardo Paes usou o exemplo de Barcelona, na Espanha, que soube revitalizar o espaço urbano com a organização dos Jogos Olímpicos de 1992. E garantiu que a zona portuária do Rio é uma das prioridades nesse projeto de recuperação da identidade carioca. “A ideia é devolver a autoestima, o prazer de ser carioca. Estamos trabalhando para renovar nossos espaços e proporcionar um Rio cada vez melhor para quem mora aqui e quem nos visita.”
O Museu de Arte do Rio será instalado no Palacete Dom João VI e no prédio onde funciona atualmente o Hospital da Polícia Civil. Com o objetivo de facilitar o fluxo de visitantes, terá uma espécie de praça suspensa, que simulará a ondulação da água, que ligará as duas edificações por passarelas cobertas. Juntos, os prédios têm 8,5 mil metros quadrados. O pilotis hoje utilizado como acesso para a rodoviária será transformado no hall de entrada para o museu.
Parcerias – A proposta é trabalhar em parceria com outros museus, para trazer obras importantes de artistas consagrados e fazer uma conexão da arte brasileira com a arte internacional. Em um dos prédios, haverá um espaço permanente, a Escola do Olhar, para produção e intercâmbio de experiências estéticas e pessoais.
A curadoria do museu é de Leonel Kaz, também curador do Museu do Futebol, em São Paulo. Os responsáveis pela arquitetura do MAR são a dupla de cariocas Paulo Jacobsen e Thiago Bernardes.