Recorde: 97% dos contratos do Fungetur foi de micro e pequenas empresas
Levantamento dos sete primeiros meses do ano comprova importância do crédito para o setor durante a pandemia por coronavírus
Por Lívia Nascimento
Com um aumento de mais de 400% nos contratos firmados apenas nos primeiros sete meses de 2020 em relação a todo ano de 2019 e de 2.610% em relação ao total de 2018, o Fundo Geral do Turismo (Fungetur) tem se mostrado ferramenta imprescindível para o setor no momento de crise provocada pela pandemia de coronavírus. Ao todo, o Ministério do Turismo, responsável pelo Fundo já empenhou R$ 1,4 bilhão. Entre janeiro e julho deste ano foram contratadas 1.301 operações, sendo 97% de micro e pequenas empresas.
Em maio, a Medida Provisória 963 proposta pelo Ministério do Turismo destinou R$ 5 bilhões para socorrer o setor que foi um dos mais afetados, maior operação de crédito da história para o turismo brasileiro. Dos 1.301 contratos, 851 foram para capital de giro, 428 para aquisição de bens, 13 para obras e 9 para bens/capital de giro ou bens/obra.
“Mais de 50% dos contratos firmados até o momento tiveram como foco o capital de giro das empresas, o que mostra que o Fungetur está sendo vital para assegurar a continuidade de empreendimentos turísticos em todo o país, evitando o desmonte do setor e o fechamento de postos de trabalho em todo o país. Trata-se de uma política extremamente bem-sucedida do governo federal”, avaliou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Podem solicitar o crédito empresas das seguintes áreas: acampamento turístico, agências de turismo, meios de hospedagem, parques temáticos, transportadora turística, casas de espetáculos e equipamentos de animação turística, centro de convenções, empreendimento de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva, empreendimento de entretenimento e lazer e parques aquáticos, locadora de veículos, organizador(a) de eventos, prestador de serviços de infraestrutura de apoio a eventos, prestador especializado em segmentos turísticos, além de restaurantes, cafeterias e bares.
Com o intuito de dar mais agilidade e acesso ao crédito, o Congresso Nacional aprovou soluções de garantias por meio da conversão em lei das Medidas Provisórias nº 944, que permite que empreendedores do Turismo façam a adesão ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), ligado ao Fundo de Garantia de Operações do Banco do Brasil (FGO) e a MP 975 que institui o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), ligado ao Fundo Garantidor para Investimentos (FGI). Permitindo que empreendedores de praticamente todos os portes possam pleitear o crédito.
“Desde o início da pandemia, o Ministério do Turismo tem trabalhado com o objetivo de assegurar o acesso ao crédito para o setor e esses resultados preliminares comprovam que estamos no caminho certo. A aprovação da MP 944 contribuirá significativamente para dar agilidade a esse processo”, concluiu o secretário Nacional de Atração de Investimentos, Parcerias e Concessões do MTur, Lucas Fiuza.
Edição: Rafael Brais