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Rio de Janeiro se torna a primeira Capital Mundial da Arquitetura

Reconhecimento da Unesco reforça a projeção internacional da Cidade Maravilhosa, que vai sediar o Congresso Mundial de Arquitetos em 2020

  • Publicado: Segunda, 21 de Janeiro de 2019, 11h00
  • Última atualização em Segunda, 21 de Janeiro de 2019, 17h41
  • Acessos: 2892

*Por André Martins, com informações do Governo do Estado do RJ e da Prefeitura do Rio de Janeiro

21.01.2019 Rio Capital da Arquit FotoPauloVitor PrefeituradoRio
Rio de Janeiro e sua mistura de arquitetura, mar e cultura. Foto: Paulo Vitor/Prefeitura do Rio de Janeiro

A cidade do Rio de Janeiro, mundialmente conhecida como terra do carnaval e do Cristo Redentor, acaba de acrescentar mais um adjetivo à sua extensa lista de atributos turísticos. Na última sexta-feira (18), em Paris, a Unesco anunciou a oficialização do município como a primeira Capital Mundial da Arquitetura. O título credencia o Rio a sediar, em julho de 2020, o 27º Congresso Mundial de Arquitetos, promovido pela União Internacional dos Arquitetos (UIA) e organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB).

Maior fórum global do gênero, o evento será realizado pela primeira vez no Brasil. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, avalia que o reconhecimento impulsiona o trabalho de promoção da cidade no exterior. “O Rio de Janeiro é uma das principais portas de entrada de visitantes estrangeiros no Brasil, e eventos como este, somados aos inúmeros atrativos da cidade, contribuem para a consolidação do Rio como um grande polo do receptivo internacional no Brasil”, avalia.

O título realça o valor arquitetônico da cidade, repleta de construções coloniais e de obras de mestres como Oscar Niemeyer. O prefeito Marcelo Crivella observa que a decisão da Unesco favorece a preservação de patrimônios. “Além da visibilidade internacional, teremos a oportunidade de ampliar a relação de pertencimento dos moradores da nossa cidade com o seu patrimônio histórico e arquitetônico”, vislumbra.

A expectativa é que, com o Congresso, o Rio busque modelos urbanísticos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Para o governador Wilson Witzel, o título estimula o uso de áreas públicas como plataforma de inclusão. “Foi recebido com muita felicidade, mas também nos traz a responsabilidade de trabalhar arduamente, com as outras esferas administrativas, para ajudar a desenvolver o Rio de Janeiro, tornando-o mais inclusivo para os seus cidadãos”, aponta.

A Prefeitura Municipal adota ações neste sentido, a exemplo do Programa Rio Conecta. O plano prevê intervenções urbanas para requalificar áreas com grande fluxo de pessoas, em especial o entorno de estações de transporte. O objetivo é criar melhores condições para quem caminha e facilitar a conexão entre pedestres e os diversos modais de transporte público, reduzindo o número de veículos nas ruas e, consequentemente, a emissão de dióxido de carbono.

Outra iniciativa foi a revisão do Código de Obras e Edificações do Rio. Além de proporcionar mais liberdade para que construtores definam o layout e o desenho de apartamentos, a nova legislação envolve medidas sustentáveis, como a obrigatoriedade da oferta de bicicletários e a redução do número de vagas de veículos nos prédios. A lei também permite jardins nos telhados e elementos de proteção solar nas varandas, o que diminui a carga térmica e, portanto, a necessidade de ar-condicionado.

SOBRE O EVENTO - O 27º Congresso Mundial de Arquitetos vai ser realizado entre 19 e 26 de julho de 2020, com atividades em diversos locais do Rio. Entre eles, o Palácio Gustavo Capanema, que deverá receber exposições e palestras. A previsão é de que 25 mil arquitetos e acadêmicos do segmento de vários países visitem o município durante o evento, que ocorre a cada três anos. A partir da edição carioca, a cidade que sediar o encontro também ostentará o título de capital da arquitetura.

Edição: Vanessa Sampaio

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