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Museu da Rampa: um presente para o turismo potiguar!

Complexo Cultural da Rampa é o mais novo atrativo turístico de Natal. Museu sobre aviação foi construído pelo estado com recursos do Ministério do Turismo

  • Publicado: Quinta, 27 de Dezembro de 2018, 15h06
  • Última atualização em Segunda, 07 de Janeiro de 2019, 10h45
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Por Geraldo Gurgel*
*com informações da Secretaria de Turismo do Estado do Rio Grande do Norte

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Museu da Rampa e Memorial do Aviador. Crédito: Ivanízio Ramos/Governo do RN  

Na semana de seu aniversário de 419 anos, Natal acaba de ganhar um novo atrativo turístico para seus moradores e milhares de turistas que visitam a capital potiguar a cada ano. Trata-se do Museu da Rampa, inaugurado nesta quinta-feira (27). A obra custou R$ 7,6 milhões em repasses feitos pelo Ministério do Turismo ao governo do Rio Grande do Norte, com contrapartida do estado de aproximadamente R$ 1 milhão. O local histórico, antes abandonado, foi restaurando, equipado e ganhou novos espaços, passando a ser um complexo cultural estruturado para receber visitantes. O Complexo da Rampa contempla desde paisagismo, concepção visual e acústica, até questões relacionadas ao patrimônio histórico, museologia como a restauração da base de hidroaviões de Natal.

“O Complexo Cultural da Rampa é fundamental para atrair novos visitantes ao Rio Grande do Norte. O atrativo cultural junta-se ao novo Centro de Convenções de Natal, inaugurado no dia 08 de dezembro, no valor de R$ 30 milhões, que irá dinamizar a economia do turismo local com a realização de grandes eventos, feiras e congressos. Dessa forma, o Ministério do Turismo está contribuindo de maneira significativa para ampliar a atração de turistas para Natal”, disse o ministro Vinicius Lummetz ao parabenizar a cidade pelo “presente” de aniversário.

O novo museu conta a importância de Natal nos primórdios da aviação e da participação da cidade na Segunda Guerra Mundial, quando a capital Potiguar sediou a maior base aérea americana fora dos Estados Unidos. Na época, quase 20% da população natalense era composta por militares americanos que influenciaram a cultura e costumes locais. A atração turística também promete mudar o entorno do local, no Bairro de Santos Reis, um dos núcleos urbanos desde a origem da cidade, fundada no dia 25 de dezembro de 1599. O Museu da Rampa fica na foz do rio Potengi, que banha a capital do Rio Grande do Norte, onde pousavam os hidroaviões que cruzavam o Atlântico.

O complexo turístico conta com um museu e o memorial do aviador com área para exposições temporárias e permanentes. O espaço em homenagem aos aviadores que passaram por Natal terá ainda auditório para 126 pessoas, bar temático, estacionamento para 85 carros, lojas de souvenir e píer para contemplação do pôr do sol do rio Potengi, considerado um dos mais belos do Brasil. A área construída é de 13 mil m². “É um equipamento importantíssimo para a história, o turismo e a cultura do nosso estado, que na certa atrairá o turista norte-americano, ainda incipiente por aqui”, comentou o secretário estadual de Turismo, Manuel Gaspar.

HISTÓRIA - A Rampa para hidroaviões no rio Potengi foi ponto obrigatório de parada dos aviadores que atravessavam o Atlântico Sul entre as décadas de 1920 e 1940. Mais tarde, durante o conflito mundial, a posição estratégica de Natal, situada no “cotovelo” da América do Sul, abrigou a maior base militar dos EUA fora daquele país, se tornando a pista de pouso mais movimentada da época, localizada no atual município de Parnamirim, na região metropolitana, atualmente Base Aérea de Natal onde são treinados os pilotos da FAB.

A data de 29 de janeiro de 1943 é marcada na história de Natal pelo encontro entre o presidente americano durante a Segunda Guerra, Franklin Delano Roosevelt, e o presidente brasileiro Getúlio Vargas. Na ocasião, eles celebraram, na Rampa, a Conferência do Potengi, transformando o local em base militar americana e selando a participação do Brasil no conflito, que resultaria na vitória dos aliados contra as tropas dos Países do Eixo. Natal ficou conhecida como o Trampolim da Vitória, em razão dessa participação na Segunda Guerra pela sua posição estratégia.

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