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Institucional

O Patrimônio Mundial e as oportunidades de investimento

Representantes de sítios culturais reconhecidos pela Unesco acompanham palestra sobre acesso a crédito para projetos de turismo

  • Publicado: Terça, 14 de Agosto de 2018, 19h14
  • Última atualização em Quarta, 15 de Agosto de 2018, 16h04
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Por André Martins

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O Prodetur + Turismo, que proporciona crédito a estados, municípios e empresários para melhorias na área, foi um dos temas desta terça-feira (14) do Seminário Internacional Gestão de Sítios Culturais do Patrimônio Mundial no Brasil, na Cidade de Goiás (GO). O coordenador geral de Planejamento Territorial do Turismo do MTur, Eduardo Madeira, detalhou o programa a representantes de sítios culturais brasileiros reconhecidos como Patrimônio Mundial pela Unesco e que têm no projeto uma chance de captar investimentos.

No evento, organizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Madeira enfatizou que avanços no turismo exigem o envolvimento de todos os atores ligados à atividade e incentivou a procura por empréstimos. “A palavra de ordem é parceria. O que a gente está proporcionando é um modelo inédito de consultoria e apoio a projetos de desenvolvimento do turismo. É um programa includente que gera emprego e melhora o ambiente de negócios”, destacou.

O coordenador citou iniciativas elegíveis e os critérios de adesão ao programa, lançado no mês de abril deste ano e que oferece orientações do Sebrae e do BNDES para acesso a um total de R$ 5 bilhões em crédito. Ele ressaltou que o projeto já recebeu 44 propostas de 13 estados, representando um valor de R$ 1,6 bilhão sob análise. Madeira informou que um Call Center tira dúvidas sobre o programa, pelo número 0800 200 8484, além do e-mail atendimento.prodetur@turismo.gov.br.

Luiz Eduardo Longhi, superintendente de Patrimônio Cultural do Estado do Maranhão, apontou possíveis benefícios do Prodetur + Turismo ao desenvolvimento do Centro Histórico de São Luís, um dos Patrimônios Mundiais do país. “Isso ajuda a qualificar o espaço urbano e, consequentemente, o desenvolvimento sustentável do Centro, atraindo turistas e toda a riqueza gerada pelo turismo. É um programa primordial, pelo fato de que estamos trabalhando em áreas que carecem desses recursos”, justificou.

Também presente ao encontro, Luciane Gorgulho, chefe do Departamento de Economia da Cultura do BNDES, relatou investimentos no patrimônio cultural brasileiro. Ela informou que o banco já aplicou R$ 614 milhões na área desde 1997 e citou o Museu de Congonhas (MG) como exemplo bem-sucedido da atuação conjunta com o Iphan. “É um dos projetos onde a gente percebe o quanto a existência do museu gerou de impacto econômico, como na criação de pousadas, restaurantes e no PIB na cidade”, observou.

Nesta quarta-feira, último dia do evento, os ministros do Turismo, Vinicius Lummertz, da Cultura, Sérgio Sá Leitão, do Meio Ambiente, Edson Gonçalves Duarte, e das Cidades, Alexandre Baldi, assinarão a Carta de Goiás. O documento, que também envolve o Iphan e 14 sítios reconhecidos pela Unesco, busca manter investimentos na requalificação de centros históricos. Será firmado ainda um protocolo de intenções entre MTur e Iphan para a definição da Política Nacional de Gestão Turística do Patrimônio Mundial, que incentivará a criação de produtos e a integração com o setor privado.

EXEMPLOS - O evento em Goiás reúne especialistas para um intercâmbio sobre gestão. Um dos cases expostos foi o dos Centros de Informação e Interpretação de Portugal, nos quais visitantes obtém dados a respeito de destinos históricos. António Ponte, diretor de Cultura do Norte português, abordou o crescimento do turismo na Igreja e Torre dos Clérigos, na cidade do Porto, após a implantação de uma unidade do tipo.

Ponte citou o aproveitamento de sítios reconhecidos pela Unesco como essencial ao desenvolvimento. “O patrimônio cultural baseia o crescimento econômico por meio do turismo, que induz uma economia paralela de hotéis, restaurantes e transportes, por exemplo. O potencial científico, pedagógico, turístico e econômico do Patrimônio Mundial é fator incontornável para qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável das comunidades envolvidas”, salientou.

O encontro também contou com apresentações sobre o Centro Histórico de Guimarães, da Região Vinhateira do Alto Douro e do Mosteiro de São João de Tarouca, em Portugal, além do conjunto de monumentos de Cartagena, na Colômbia; da cidade histórica de Morelia, no México; do patrimônio histórico de Castilla y Leon, na Espanha, e da própria Cidade de Goiás, sede do evento.

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Assunto(s): Patrimônio , Iphan , Monumentos
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