No caminho certo
A experiência sul-africana de prevenção à exploração sexual infantil foi o primeiro tema discutido nesta quarta-feira (6), durante o Encontro Preparatório Nacional – Oficinas Pró-Copa. O evento é organizado pelo Ministério do Turismo (MTur) e pelo Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UNB).
As ações implementadas pelo país-sede da Copa do Mundo de 2010 foram apresentadas pela coordenadora da ONG Jo’burg Child Welfare, Caroline Bews. Segundo ela, as primeiras reuniões sobre o tema na África do Sul aconteceram com um ano de antecedência.
“Nós deveríamos ter feito o que vocês estão fazendo aqui, começar com quatro anos de antecedência e envolver o trade turístico”, afirmou Bews. Para a coordenadora, a proteção de crianças e jovens durante o Mundial de 2010 foi realizada de uma forma geral, mas os resultados poderiam ter sido melhores.
A recomendação que a coordenadora deixa para o Brasil é um bom envolvimento das crianças na escola no período dos jogos. “Os nossos alunos assistiam aos jogos com os pais em bares e tabernas”, relatou. Além disso, segundo Bews, as crianças sul-africanas ficaram três meses sem aula. As férias escolares do meio do ano foram prolongadas por causa da Copa.
Uma das iniciativas adotadas foi a criação de Espaços Amigos da Criança (Child Friendly Spaces) em quatro áreas que sediaram os jogos: Joanesburgo, Soweto, Porto Elizabeth e Nelspruit. Os espaços ofereciam atividades e identificação para as crianças durante as Fan Fests. Outra importante medida foi a aprovação da legislação de proteção dos direitos da criança em abril de 2010.