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sustentabilidade

Viagens que transformam!

O turismo associado ao desenvolvimento local promove experiências para quem viaja e estimula parcerias e responsabilidade social para quem recebe os visitantes

  • Publicado: Quinta, 05 de Abril de 2018, 10h48
  • Última atualização em Quinta, 05 de Abril de 2018, 10h48
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Por Geraldo Gurgel

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Crédito: Geraldo Gurgel/ MTur

O consumo e a produção responsável, premissas da Organização Mundial do Turismo (OMT) para sustentabilidade da atividade turística, estão na pauta dos debates da WTM Latin America, feira internacional de turismo que reúne, em São Paulo, expositores do mundo inteiro. A ideia dos organizadores é estimular as parcerias e a conscientização sobre a importância do turismo para o desenvolvimento das comunidades que vivem desta atividade.

“A viagem passa a ser uma experiência inesquecível e cada vez mais turistas buscam destinos que promovem a sustentabilidade”, destacou o professor da Universidade de São Paulo (USP), Cássio Carkalns, que participou do debate “Turismo e desenvolvimento econômico local”.

Na área de eventos batizada de “Teatro da Inspiração” o debate envolveu agentes de viagem que promovem o turismo de experiência no Brasil e na Costa Rica. Marianne Costa trabalha com turismo de base comunitária no Vale do Jequitinhonha (MG) e em comunidades do Pará e Amazônia, onde os visitantes vivenciam as experiências dos povos da floresta amazônica.

No Norte de Minas, por exemplo, 10 famílias que trabalham com cerâmica popular oferecem hospedagem, alimentação e passeios aos turistas. Eles vivenciam a produção artesanal em uma imersão na cultura local que vai desde a extração do barro até a queima das peças que viram lembranças da viagem. Outras 50 mulheres se beneficiam do turismo local através de uma associação de artesãs.

Tefé (AM) e Alter do Chão (PA) estão entre as comunidades ribeirinhas que recebem turistas para atividades culturais e troca de experiências. As viagens são transformadoras para quem visita e geram bons negócios para quem recebe. No Amazonas, os turistas se hospedam em uma pousada comunitária. No Pará, o famoso balneário do rio Tapajós produz artesanato de origem indígena, além de ofertar atividades extrativistas na floresta. Em Belém, os visitantes conhecem os sabores e temperos do mercado Ver-o-Peso e vão até a Ilha de Cotijuba se familiarizar com os aromas da mata.

“O turismo tem uma força superpoderosa de desenvolvimento social, além da valorização da cultural e preservação do meio ambiente”, disse a agente de viagem brasileira. Ela ressaltou o impacto positivo que a atividade exerce na economia local e no turista que protagoniza relações significativas em conexão com as comunidades tradicionais. “O desenvolvimento gerado a partir dos negócios com hospedagem, alimentação, passeios e artesanato resulta em um conjunto de práticas transformadoras exercidas pelo turismo responsável”, relata Marianne.

As comunidades urbanas também se beneficiam do turismo de experiência. É o caso do Morro da Babilônia (RJ) com sua horta orgânica. A visita inclui mutirões na comunidade e termina com um banquete de produtos naturais da favela. Já em São Paulo, o passeio turístico beneficia comunidades das margens da represa Billings.

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