Oferta de hospedagem cresce 37% na Região Norte
Belém e Palmas apresentaram maior crescimento nos últimos cinco anos; Manaus tem a maior oferta de leitos da região
O Jalapão é um dos principais destinos do Estado do Tocantins.
A capacidade de hospedagem nas capitais da Região Norte deu um salto de 37% nos últimos cinco anos. A região, que abrigou uma das sedes da Copa do Mundo (Manaus), teve o número de leitos ampliado de cerca 40,2 mil para 55 mil somente nas capitais. Se forem considerados todos os estados, a região tem condições de acomodar 134,3 mil turistas simultaneamente, segundo o censo divulgado hoje pelo Ministério do Turismo.
Entre as capitais brasileiras Belém apresentou o maior aumento proporcional em número de empreendimentos hoteleiros com crescimento de 51,6% de 2011, quando foi realizado o último levantamento, para 2016. A elevação foi 93 para 141 estabelecimentos. Em relação ao número de leitos o incremento na capital do Pará foi de 58,8%: de 9,5 mil para as atuais 15,1 mil unidades.
Palmas (TO), com 19 novos hotéis, ampliou a oferta de leitos em 53% em relação a 2011. Manaus (AM), que já tinha a maior rede hoteleira da região, há cinco anos, com 142 hotéis, continua na liderança com 164 meios de hospedagem. O crescimento da oferta de leitos na capital do Amazonas foi de 30,6%, passando de 14,2 mil para 18.561 leitos em 2016.
O crescimento nas outras quatro capitais da região também foi expressivo. Porto Velho (RO) teve incremento de 35,8%, graças aos 24 novos meios de hospedagem instalados nos últimos cinco anos. Atualmente são 6.828 leitos contra 5 mil em 2011. Rio Branco (AC) registrou aumento de 34,7%. Em Macapá (AP), apesar da redução de 41 para 36 hotéis, o incremento de leitos na capacidade instalada foi de 17%. Boa Vista ampliou número de estabelecimentos e quartos, mas teve queda em quantidade de leitos.
“Os dados indicam que houve um crescimento expressivo na oferta dos meios de hospedagem no Brasil com o ciclo de megaeventos. Além da abertura de novos hotéis, registramos a reforma e ampliação de estabelecimentos que já estavam em funcionamento”, destacou o ministro do Turismo, Marx Beltrão. “Esse é um legado que temos de trabalhar para movimentar a economia do país. Os hotéis e similares são tipos de estabelecimentos imprescindíveis para o desenvolvimento do turismo”, completou.
Brasil – O estudo, encomendado pelo Ministério do Turismo ao IBGE, mostra que o Brasil tem uma oferta de 31.299 meios de hospedagem, sem considerar o aluguel de imóveis por temporada ou casas de parentes e amigos. No total, o país está pronto para acomodar 2,4 milhões de pessoas simultaneamente nos quartos disponíveis. O levantamento revela que houve um crescimento de 71% na oferta de leitos nas capitais do Brasil de 2011 a 2016. De acordo com especialistas, o salto foi impulsionado pelo ciclo de megaeventos, com a Copa do Mundo e Olimpíada.