Florianópolis: 344 anos de magia na ilha de Santa Catarina
As belezas naturais e os traços da cultura açoriana fazem do turismo diversificado uma das principais fontes de renda da capital catarinense
Por Geraldo Gurgel
Crédito: Embratur
Conhecida como a “ilha da magia”, Florianópolis celebra nesta quinta-feira (23) seus 344 anos com muita festa. Apresentações de artistas locais (manezinhos) e cantores nacionais, no Trapiche da Avenida Beira-mar Norte, estão entre os atrativos culturais da festa em homenagem à capital catarinense. A programação de comemoração foi iniciada no último sábado (18) e só termina na segunda-feira (26). Além da ilha de Santa Catarina, a capital ocupa parte do continente, incorporada à cidade em 1927 com a construção da ponte pênsil Hercílio Luz, cartão-postal de Florianópolis.
O turismo em Florianópolis é rico em atrativos históricos, culturais e naturais, com mais de 40 praias. Entre as mais badaladas estão Jurerê, Canasvieiras, Ingleses, Mole e Joaquina, cenário de campeonatos nacionais e internacionais de surf. A atividade turística contribui para a economia local o ano inteiro.
A movimentação da cidade é intensa, notadamente no verão, com a chegada de estrangeiros, principalmente argentinos, além de gaúchos e turistas das demais regiões do Brasil. A ilha é recortada com várias enseadas, pontas, ilhas, baías e lagoas. Os bairros ficam entre as montanhas, lagoas, manguezais, dunas e praias e são interligados por rodovias sinuosas.
Os cenários entre um atrativo e outro são paradisíacos, como a famosa Lagoa da Conceição, no centro da ilha. Nos arredores da lagoa, se destacam as rendas de bilro, de tradição açoriana. No Centro Histórico, estão atrativos importantes como a Catedral de Nossa Senhora do Desterro (nome original da cidade), a Figueira Centenária da Praça XV de Novembro, o Museu Cruz e Sousa (antigo palácio do governo), o Teatro Álvaro de Carvalho, a Alfândega e o Mercado Público. Apesar das construções modernas, a paisagem urbana ainda mantém o aspecto colonial. Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha estão entre os bairros mais preservados, onde predomina a pesca artesanal.
Crédito: Embratur
A ilha é ideal para a prática de esportes dentro e fora d´água como o surf e o sandboard, surf nas dunas em pranchas de madeira. A Lagoa da Conceição proporciona muitas opções como windsurfe, kitesurf, vela, caiaque e stand-up paddle, além de passeios de barco, inclusive para almoçar em um dos restaurantes da Costa da Lagoa.
O Parque Ecológico do Córrego Grande é uma das opções para fugir do roteiro de sol e mar. Já a Avenida Beira-mar Norte é o lugar para quem quer caminhar, correr, andar de skate, patins ou pedalar. Parapente e asa-delta embelezam ainda mais o cenário esportivo da ilha.
Outra atração muito visitada é a Ilha do Campeche, tombada como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional. Campeche abriga praias de águas transparentes e natureza exuberante, além de inscrições rupestres em sítios arqueológicos. Depois de pegar um barco, chega-se ao local protegido por trilhas com acompanhamento de guia.
GASTRONOMIA - Em novembro de 2014, Florianópolis recebeu o título da Unesco de Cidade Criativa da Gastronomia. Essa conquista foi graças a contribuição dos povos que já passaram pela cidade (ilha e continente) e transformaram a cozinha local rica em mistura de ingredientes, temperos, sabores e tradições. Esse patrimônio se reflete nos roteiros gastronômicos de bairros como Cacupé, Santo Antônio de Lisboa, Ribeirão da Ilha, Coqueiros e Itaguaçu.
CURIOSIDADE - Com o advento da República (1889), a resistência dos locais ao novo regime provocou a reação do governo central. Com a vitória das forças do Marechal Floriano Peixoto, o nome da capital mudou de Desterro para Florianópolis, em 1894, em homenagem ao ex-presidente da República. A “Cidade de Floriano” é carinhosamente apelidada de “Floripa”.