Parabéns, Rio Branco!
Fundada em 28 de dezembro de 1882, a capital do Acre completa 134 anos e é a porta de entrada de turistas pela fronteira oeste do Brasil, região com a maior diversidade da Amazônia
Por Geraldo Gurgel
Mercado Velho, um dos pontos turísticos da cidade. Crédito: Divulgação Embratur
Localizada nas margens do Rio Acre, em um antigo seringal, Rio Branco é marcada pelo ciclo da borracha e pelos colonizadores cearenses, que chegaram ao local motivad0s pela busca do chamado ouro negro (borracha), em terras disputadas com a Bolívia. A capital completa nesta quarta-feira (28), 134 anos, sendo a cidade mais populosa do Acre, com cerca de 380 mil moradores, quase metade dos 800 mil habitantes do estado. Rio Branco é o centro administrativo, econômico e cultural da região que guarda a maior biodiversidade da Amazônia no Brasil.
O casario do centro histórico, as igrejas, pontes, teatros, museus, palácios, feiras e mercados, tornam a cidade atrativa e colorida. Os parques urbanos, o artesanato e a culinária de raiz indígena, além da presença marcante de nordestinos desde a ocupação do Acre, fazem de Rio Branco uma das cidades amazônicas mais fascinantes para quem mescla turismo, cultura regional e natureza. Conheça alguns dos principais atrativos de Rio Branco.
Gameleira - Marco inicial da cidade na margem direita do rio Acre. A árvore frondosa também testemunhou a luta entre revolucionários acreanos e tropas bolivianas e o fim da disputa que anexou o Acre ao Brasil.
Palácio Rio Branco - Construído em 1930 para sede do governo, virou museu em 2008, expõe fatos importantes da história do Acre.
Catedral de Nossa Senhora de Nazaré - Inaugurada em 1959, em estilo romano basilical, possui três naves e vitrais coloridos no interior e frontões na parte externa.
Praça Plácido de Castro – É a Praça da Revolução Acreana, no centro da cidade, em frente ao quartel da Polícia Militar e uma das mais arborizada da capital do Acre.
Memorial dos Autonomistas - Museu sobre a aquisição do Acre pelo Brasil, galeria de arte, exposição de objetos históricos usados durante a Revolução Acreana, teatro e café.
Museu da Borracha - Reúne peças de arqueologia, paleontologia, história, manuscritos e documentos referentes à história do Acre.
Mercado Velho – Na margem esquerda do rio Acre, da década de 1920, é uma das principais construções da época. Reúne arquitetura, cultura, gastronomia e artesanato em um só lugar.
Parque Ambiental Chico Mendes – São 52 hectares de floresta e lazer com trilhas em meio a vegetação exuberante e fauna diversificada, além de equipamentos de diversão e turismo.
Parque Zoobotânico – Fica no Campus da Universidade Federal do Acre, voltado para o estudo, manejo e preservação da fauna e flora regionais. Mantém um trecho de mata virgem.
Parque da Maternidade - Destinado à prática de esportes, o parque acompanha 6 km do leito urbanizado de um rio que corta a cidade.
Rio Acre – Nasce no Peru, banha Rio Branco e desemboca no Rio Purus. As águas, além de piscosas, proporcionam banhos e esportes náuticos com várias praias durante as vazantes.
HISTÓRIA - Chegada do vapor do explorador cearense Neutel de Maia na curva do rio Acre e fundação do seringal Volta da “Empreza” - grafia original - em 28 de dezembro de 1882. Em 1904, com a anexação do antigo território boliviano ao Brasil, a vila tornou-se sede do departamento do Alto Acre. O nome mudou para Penapólis, em 1909, em homenagem ao então presidente Afonso Pena. Já em 1912, recebeu a denominação de Rio Branco para homenagear o Barão do Rio Branco, diplomata que anexou o Acre ao Brasil e, em 1913, tornou-se município. A cidade virou capital do território do Acre em 1920, que virou estado em 1962.