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Concertos de órgãos históricos movimentam Minas Gerais

Agenda de concertos dos órgãos históricos de Minas Geras é atrativo das igrejas de destinos tradicionais do circuito de cidades históricas mineiras

  • Publicado: Sexta, 09 de Dezembro de 2016, 11h30
  • Última atualização em Sexta, 09 de Dezembro de 2016, 11h59

 

Por Geraldo Gurgel

Crédito: Rodolfo Vilela
Igreja Matriz de Santo Antônio recebe concertos de órgão. Crédito: Rodolfo Vilela

 

O órgão da matriz de Santo Antônio, em Tiradentes (MG), soa, mais uma vez, nesta sexta-feira (09), sob o comando do organista Thiago Tavares. A agenda de concertos se repete ao longo do ano, sempre às sextas-feiras - menos na sexta-feira santa -, às 20h, com diferentes organistas. Os turistas que visitam a histórica cidade do ciclo do outo mineiro lotam a igrejinha famosa pela beleza da arquitetura barroca e, principalmente, pelo seu órgão do século XVIII.

O instrumento foi feito em 1785, na cidade do Porto, em Portugal. A Vila de São José do Rio das Mortes, atual Tiradentes, vivia a efervescência musical do período barroco e o órgão acompanhava a liturgia e as celebrações. Depois de restaurado, em pleno funcionamento, o órgão da matriz de Santo Antônio é motivo de orgulho e voltou ao centro da vida comunitária, religiosa, cultural e musical de Tiradentes. Os ingressos para os concertos em Tiradentes podem ser adquiridos a partir de R$ 35,00 (inteira) e R$ 20 (meia).

Em Mariana, a Catedral da Sé, que passa por restauro, guarda o mais precioso de todos os órgãos históricos mineiros. O modelo é o único em funcionamento, mas os concertos estão suspensos temporariamente. O órgão da Sé de Mariana foi construído na primeira década do século VXIII, em Hamburgo, na Alemanha. O instrumento foi enviado, inicialmente, a uma Igreja franciscana, em Portugal, e chegou ao Brasil em 1753, como presente da coroa portuguesa ao primeiro bispo de Mariana. Reinaugurado em 1984, o órgão é o principal destaque da vida musical da cidade mineira. O instrumento acompanha missas e celebrações litúrgicas, além de ser usado em concertos internacionais que reúnem, no Brasil, organistas de renome mundial.

O Museu Regional de São João Del Rei também guarda outra preciosidade da música barroca mineira. Após um minucioso trabalho de restauro, o órgão de tubos da cidade , que ficou 80 anos em silêncio, voltou a funcionar. Fabricado no final do século XVIII, em São João Del Rei, o instrumento é o único em funcionamento fora das igrejas e feito no Brasil, com técnicas e materiais locais.

Diamantina, Patrimônio Cultural da Humanidade da UNESCO, também se destaca no cenário da música antiga com a preservação de outro instrumento histórico do barroco de Minas Gerais. Assim como o seu casario preservado, o órgão de Diamantina é um importante relicário do barroco no Brasil e mantém viva, no interior do país, a voz de um passado de esplendor e glória, onde a arte e a religião, refletiam a riqueza do ouro das Minas Gerais.

Os órgãos são instrumentos extremamente fascinantes pela diversidade que apresentam. Cada órgão é único e feito sob medida para o local onde foi instalado. Toda essa história e diversidade musical barroca continua viva, por causa do trabalho da organista Elisa Freixo, responsável pela manutenção dos instrumentos.

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