Turismo orienta prestadores de serviços na parada gay do Rio de Janeiro
Conhecida mundialmente como destino gay, a capital fluminense deverá reunir cerca de um milhão de pessoas neste domingo (11), entre turistas e simpatizantes do público LGBT
Por Geraldo Gurgel
A Parada do Orgulho LGBT – 2016, do Rio de Janeiro, deverá reunir, neste domingo (11), uma multidão na orla de Copacabana. O evento, que está em sua 21ª edição, costuma receber um expressivo número de turistas brasileiros e estrangeiros. Para melhorar o atendimento aos visitantes, o Ministério do Turismo enviou para os estabelecimentos turísticos da cidade a cartilha Dicas para atender bem turistas LGBT.
Na publicação, produzida em parceria com Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, os estabelecimentos são orientados a tratar os clientes pelo nome social, oferecer promoções para casais e datas especiais, além de recomendar usar sempre o termo orientação sexual.
O Rio de Janeiro é considerado um dos principais destinos turísticos mundiais para o público gay. Tanto que, em agosto, a capital fluminense ganhou o título de melhor cidade de praia gay da América Latina. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o público LGBT representa 10% dos viajantes e movimenta 15% do faturamento do setor.
“Com o intuito de garantir um atendimento, ainda mais qualificado desse turista, solicitamos a mobilização dos prestadores de serviços turísticos, no sentido de disseminar o conteúdo desse material junto aos funcionários e colaboradores dos empreendimentos do Rio de Janeiro”, ressaltou Isabel Barnasque, diretora substituta do Departamento de Formalização e Qualificação no Turismo do Ministério do Turismo.
MERCADO - O turismo LGBT é um dos segmentos de mercado que mais crescem no mundo e um nicho atrativo para destinos turísticos. Estudos do World Travel EC1 Tourism Council revelam que o turista LGBT gasta, em média, 30% a mais e viaja 4 vezes mais do que outros segmentos. De acordo com a IGLTA (The International Gay & Lesbian Travel Association), o mercado de viagens gays e lésbicas movimenta US$54 bilhões anuais. Além disso, 67% afirmam dar preferência aos meios de hospedagem que se posicionam como gay-friendly.