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Olimpíada

Patrimônio Imaterial de Minas Gerais no caminho da Tocha Olímpica

Revezamento da Tocha Olímpica em Minas Gerais revela a riqueza imaterial de um estado conhecido pela proteção dos bens culturais materiais

  • Publicado: Quarta, 11 de Mai de 2016, 10h18
  • Última atualização em Segunda, 16 de Mai de 2016, 08h23

Por Geraldo Gurgel


Foto: Banco de imagens

O Estado de Minas Gerais, que já reúne o maior número de sítios históricos brasileiros protegidos também abriga a maior seleção de bens imateriais inscritos no Livro dos Saberes.  Diferentemente dos bens materiais protegidos por lei, os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito as práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios, modos de fazer, celebrações e formas de expressão (cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas), entre outras.

Na terra do pão de queijo, dos doces e do feijão tropeiro, o reconhecimento do queijo artesanal é ainda maior. O tradicional queijo de Minas das regiões da Canastra, do Serro e do Salitre e Alto Parnaíba já foi oficializado como patrimônio imaterial não apenas do estado, como também do Brasil.

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a produção artesanal do queijo de leite cru nas regiões do Serro e das serras da Canastra e do Salitre, em Minas Gerais, constitui um conhecimento tradicional e um traço marcante da identidade cultural de áreas cuja geografia limita o escoamento da produção. Trata-se do reconhecimento de uma herança da cultural colonial de mais de 300 anos.

O pastel de milho, também imortalizado como patrimônio mineiro, é outra iguaria reconhecida. Sua origem é inclusive anterior à fundação da cidade de Itajubá, que reivindica a paternidade.

TOQUE DE RELIGIOSIDADE -  Ouro Preto, Mariana, Congonhas e Catas Altas estão entre as nove cidades mineiras que tiveram o badalar dos sinos reconhecido como Patrimônio Imaterial do Brasil. Compreendida por 79 municípios, a Arquidiocese de Mariana tem o toque dos sinos como uma linguagem peculiar, seja para avisar os moradores do horário da missa, seja para comunicar o falecimento de alguém próximo ou celebrar um dia santo.

As outras cinco cidades que completam a lista dos municípios que tiveram o som dos sinos de suas igrejas reconhecido como Patrimônio Imaterial do país são: São João Del Rei, Diamantina, Serro, Sabará e Tiradentes. Assim, o toque já bem conhecido nas históricas cidades de Minas Gerais agora ressoa em todo o Brasil.

OUTRAS RIQUEZAS -  A Comunidade dos Arturos, localizada em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, possui ascendência negra e é formada pelos descendentes e agregados de Arthur Camilo Silvério e Carmelinda Maria da Silva, fundadores da comunidade. No cotidiano do grupo são mantidas diversas expressões culturais, como tambores, batuques, Folia de Reis, Candomblé, Congadas, Festas do Rosário, da Abolição e de João do Mato.

O município de Piedade do Rio Grande é um dos roteiros obrigatórios para quem percorre a Estrada Real. A Festa da Congada, realizada no final do mês de maio, expressão viva da cultura afrodescendente, mostrada através da música, da dança e da religiosidade também é Patrimônio Imaterial de Minas.

Já o distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, que integra os caminhos da Estrada Real e faz parte do Programa de Turismo Histórico Cultural Mineiro, é conhecido por sua paisagem natural e por sua produção artesanal de doces típicos. A Festa do Divino Espírito Santo conta com missas, procissões e cortejos, que celebram a devoção da comunidade, além de rodeios e shows. A goiabada -  típica do distrito -, e a celebração religiosa receberam o selo de Patrimônio Imaterial de Ouro Preto.

 

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